ACRE: Amamentação pós-cesárea requer cuidados e rede de apoio qualificada

O Brasil é um dos países com a maior taxa de cesáreas no mundo, alcançando 56% de procedimentos cirúrgicos para os todos nascimentos em 2018. A Organização Mundial da Saúde (OMS) adverte que taxas superiores a 10% não contribuem para a redução da mortalidade materna, perinatal ou neonatal. Segundo a OMS, o recomendado, considerando as características do Brasil, seriam taxas até 30% dos nascimentos no País.

As operações cesáreas têm influência na amamentação. Durante o trabalho de parto, o corpo feminino libera hormônios como a prolactina e a ocitocina, que favorecem a produção e ejeção do leite materno. Nos casos de cesáreas programadas, o processo não acontece, tornando a lactação mais difícil. 

A servidora acreana Patrícia Caldera teve complicações durante a gestação que levaram a uma cesárea programada. Após o parto de Gabriel, Patrícia teve dificuldades em amamentar. 

“Quando tive a cesariana, já tive uma maior dificuldade devido à anestesia. Então, fiquei em uma posição que não se pode mexer muito. Não pode mexer cabeça. Não pode se posicionar direito e isso dificultou amamentar o Gabriel. Graças a Deus que eu encontrei profissionais que estavam prontos a me ajudar. Me ajudaram a posicionar o bebê. Me ajudaram a colocar para amamentar.”

Para o coordenador do Banco de Leite Humano da Maternidade e Clínica de Mulheres Bárbara Heliodora, Hélio Pinto, as orientações e precauções para a amamentação após o parto cesariano devem ser iniciadas já na gestação. Ele reforça a necessidade de uma rede de apoio habilitada para auxiliar no aleitamento na primeira hora após o nascimento.

“Ela está anestesiada. Vai demorar uma média de 12 horas para poder levantar e isso dificulta. Ela vai necessitar de profissionais sensibilizados e habilitados para favorecer a amamentação, desde o simples contato pele a pele, desde o posicionamento ao início da sucção na primeira hora pós-parto. Então ela vai precisar de uma pessoa da rede familiar, da rede social para ajudar porque, a princípio, ela não vai poder posicionar este bebê”.

Quanto à possível demora na descida do leite materno após o procedimento, Hélio Pinto destaca a necessidade de acompanhamento tanto da mãe, quanto do bebê para monitoramento do processo.

A amamentação é a forma de proteção mais econômica e eficaz para redução da mortalidade infantil. Por isso, incentive todas as mulheres que você conhece para amamentarem os seus filhos. Amamentação. Incentive a família, alimente a vida. Para mais informações, acesse saude.gov.br/amamentacao.

 

 

Agência do Rádio


Lavar as mãos
A lavagem deve ser feita frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.


Não tocar o rosto
Evite encostar as mãos não lavadas na boca, nos olhos e nariz. Essas são as principais portas de entradas do coronavírus no organismo.


Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar
O ideal é usar cotovelo ou lenço. Se utilizar papel, jogue fora imediatamente.


Usar álcool em gel
Se não houver água e sabonete para lavar a mão, use o álcool gel 70%, que é eficiente para matar o vírus e outras possíves bactérias.


Evitar contato se estiver doente
Quem está com sintomas de doença respiratória deve evitar apertar as mãos, abraçar, beijar ou compartilhar objeto. Se puder, fique em casa.

Usar máscara se apresentar sintomas
Quem está com sintomas como tosse e espirro deve usar máscara mesmo sem o diagnóstico confirmado de covid-19.