Família veio de Mato Grosso para investir no agronegócio
Antonio Muniz
Quando o empresário Roberto Ramão Vieira de Oliveira, o “Roberto da Princesinha” chegou ao Acre há mais de 30 anos, acompanhado de seus pais, tinha por objetivo investir no agronegócio e não no mercado gastronômico.
Roberto conta que a família ainda tentou se viabilizar ao investir na agropecuária. “Compramos uma grande área de terra na BR-317, no trecho Brasiléia - Assis Brasil, mas o negocio não deu certo em função do isolamento e da falta de infraestrutura.
Filho de família de agricultores de Dourados, no Mato Grosso (MS). Roberto foi produtor rural até os 24 anos. Desiludido com o negocio da fazenda que não deu certo, a família montou uma granja, desta feita em Senador Guiomard.
O negocio também não funcionou em função da logística. “Tudo que ser comprado e transportado de avião. Tal fato aumentava muito os custos e a rentabilidade era muita pequena”, explica o empresário.
Antes se consolidar como proprietário da Pizzaria e Restaurante A Peincezinha, Roberto teve uma rápida passagem como dono de uma lanchonete na avenida Epaminondas Jácome - no cento de Rio Branco.
Rele conta que a família abria as portas da lanchonete às 6h da manhã e logo as pessoas lotavam o ambiente. Tínhamos salgadinhos e lances. “Quanto anos depois decidimos comprar a Lagôndola e montamos o restaurante a Princesinha”, em frente à Catedral Nossa Senhora de Nazaré, no centro da cidade.
Paralelo ao lanche, Roberto montou duas drogarias - uma em frente ao Laboratório Bionorte, na rua Alvorada, no bairro Bosque e outra na avenida Antonio da Rocha Viana, na primeira rotatória do conjunto Procon, na Vila Ivonete.
Também montamos, já em 1986, a Imobiliária Boa Sorte, nos autos da antiga Vidro Acre, na Epaminondas Jácome, ao lado do Milton Lucena. “Mas maior patrimônio eu conquistou ao longo desses anos são os meus amigos”, afirma.
O ingresso no cenário politico
Roberto sempre participou, indiretamente, do processo político-eleitoral, apoiando candidatos a cargos proporcionais e majoritários, sem levar em conta cores político ou ideologia partidária.
Em 1994, atendendo convite do então prefeito de Cruzeiro do Sul, Orleir Cameli, que renunciou ao mandato para ser candidato ao governo do Acre pelo PPR, hoje PP, Roberto foi candidato a deputado estadual.
O partido de Roberto á época era o PP, não o Partido Popular de hoje, mas o Partido Popular, que alguns anos depois foi extinto. Apesar de ser estreante na política, obteve boa votação, mas não conseguiu ser eleito.
Ano passado, foi convidado pelo presidente nacional do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), Eurípedes Junior e assumiu a presidência regional do partido no Acre e em poucos meses conseguiu montar diretórios na maioria os 22 municípios acreanos.
Imposto único e fim do papel moeda
O trabalho realizado foi reconhecido pelos colegas de partidos que pediram que este disputasse uma das oito vagas do Acre na Câmara Federal. O Pedido foi reforçado pela direção nacional do Pros, partido que integra a Frente Popular do Acre (FPA). Por isso, o empresário aceitou o desafio e está na luta.
Roberto Princesinha defende a proposta principal do Pros que é lutar pela implantação de imposto único que seria alíquota de 2% sobre as transações bancárias. O partido também defende o fim do papel moeda. Nesse caso, não haveria circulação de dinheiro, tudo seria por meio de transação bancaria eletrônica.
Segundo Roberto, os pobres pagariam menos impostos o Brasil arrecadaria muito mais. Municípios, Estados e a União arrecadariam muito mais, pois o índice de sonegação seria zero
O empresário lembra que no período de 1997 a 2007 o Brasil conviveu com a CPMF, que incidia exatamente sobre os débitos bancários. A arrecadação desta contribuição, em 2007, foi de R$ 35 bilhões.
Se atualizarmos pelo IGPM tal arrecadação para 2013, teríamos em torno de R$ 52 bilhões. A alíquota era de 0,38%. “Se quiséssemos substituir os quase 90 tributos hoje existentes, teríamos que aplicar uma alíquota 29 vezes maior para o “imposto único sobre débitos bancários”, afirma.
Outra ideia debatida, chamada de “Reforma Tributária”, é fundir o ICMS, o PIS, a COFINS e a CIDE num só imposto denominado de “IVA” – Imposto sobre Valor Agregado.
“Parece tentador, mas a alíquota, numa projeção mais otimista - para manter o atual nível de arrecadação de tais tributos ao patamar atual - seria em torno de 25%, elevando ainda mais a sonegação”.
Frases
“Não temos o direito de escolher onde nascemos, mas podemos escolher um lugar para construir família e viver. Eu escolhi o Acre”
“Sou muito grato ao Acre ao povo acreano. Sou empresários, mas meu maior patrimônio é a amizade que construiu ao longo de 30 anos”.
“O fim do papel moeda diminuiria o índice de corrupção e acabaria com a sonegação fiscal”.