Novo entra com ação no STF para impedir “farra” de emendas no Orçamento de 2021

Poder 360

O partido Novo entrou com ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para suspender trecho da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2021 sobre o uso de emendas de bancadas estaduais.

A ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) (íntegra – 441 KB) questiona dispositivo que permite que recursos de emendas sejam enviados direto para Estados e municípios.

De acordo com os integrantes da legenda, a medida dá “carta branca para os governadores e prefeitos aplicarem as verbas como bem entenderem”.

Um dos advogados da ação movida pelo Novo, Paulo Roque, afirma que é inconstitucional dar às emendas de bancada a modalidade de “transferências especiais”, uma vez que essa destinação é característica das emendas individuais.

O Novo alega que a alteração na modalidade de transferência do recurso das bancadas estaduais foi feita por meio de um projeto de lei. Para o partido, seria necessária uma PEC (proposta de emenda à Constituição) para mudar a regra.

O líder da bancada do partido na Câmara, Vinicius Poit (Novo-SP), classifica como temerária a mudança. Segundo ele, um grande volume de recursos será transferido diretamente, sem critério.

“Estamos falando de R$ 240 milhões para cada uma das 27 bancadas, que poderão ser utilizados livremente, sem uma prestação de contas. Pode ser menos burocrático, mas é falta de transparência com o dinheiro do pagador de impostos”, afirma.

De acordo com o presidente nacional do Partido Novo, Eduardo Ribeiro, a abertura dessa modalidade especial para as emendas de bancada diminuem a transparência e, consequentemente, a fiscalização dos recursos.

“Estamos em um momento de escassez de recursos, com alta demanda orçamentária na área da saúde por causa da pandemia. Da forma como foi sancionada, a lei dá grandes poderes aos que controlam os recursos para fazerem o que bem entenderem com o dinheiro”, disse Ribeiro.

CONGRESSO E ECONOMIA CHEGAM A ACORDO

O Congresso Nacional e a área econômica do governo federal chegaram a um acordo sobre o Orçamento deste ano, segundo a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL-DF).  Ela disse nesse sábado (3.abr.2021) ao jornal O Globo que o “acordo político foi fechado”. No entanto, segundo ela, o valor exato do corte ainda será definido.

Ao longo do sábado, houve conversas dos integrantes da equipe econômica com Flávia Arruda, os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o relator do Orçamento, Márcio Bittar (MDB-AC). O presidente Jair Bolsonaro deixou para depois do feriado de Páscoa o desfecho do assunto. A data limite para aprovar ou vetar o documento é 22 de abril.

Há alguns dias, Governo e Congresso discutem como cortar o Orçamento a fim de o governo não furar o teto de gastos. Desde que foi aprovado, em 25 de março, o texto do Orçamento 2021 vem sendo questionado pela equipe econômica do governo e outros setores. Em 29 de março, o IFI (Instituição Fiscal Independente, ligado ao Senado Federal), publicou um documento dizendo ser necessário cortar R$ 31,9 bilhões para evitar furar o teto de gastos.

Na última 4ª feira (31.mar), o senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator do Orçamento, informou ao presidente Jair Bolsonaro que cortaria R$ 10 bilhões em emendas, sem detalhar quais seriam cortadas. O senador se reuniu com a ministra Flávia Arruda, com o presidente da Câmara e o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.

Também na (31.mar), o ministro da Economia, Paulo Guedes, foi ao Planalto comunicar ao presidente sobre o risco de um impeachment caso se ele não vetasse o Orçamento. Na avaliação do ministro, o texto aprovado pelo Legislativo é “inexequível” por subestimar despesas obrigatórias, como aposentadorias. Ele defendeu o veto parcial ou integral do texto orçamentário.

Aliados do governo no Congresso acham que o relator pode cancelar algumas despesas. Avaliam que não seja necessária uma nova votação.

Em um aceno ao Congresso e ao Centrão, grupo aliado do governo e que tem pressionado Guedes, o ministro disse ser necessário o corte de mais R$ 5 bilhões.  O restante do ajuste poderia ser feito por meio de contingenciamento de gastos –um tipo de bloqueio temporário feito ao longo do ano.

“Já é ponto pacífico que precisaremos encontrar uma solução para cobrir esses R$ 5 bilhões. O problema é que teremos de acertar as fontes para corrigir a estimativa incorreta das despesas discricionárias. Os acordos terão que caber no Orçamento. Isso, provavelmente, será feito através de um PLN [Projeto de Lei do Congresso Nacional]”, afirmou o ministro em entrevista ao Uol, publicada na 6ª feira (2.abr.2021).


Lavar as mãos
A lavagem deve ser feita frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.


Não tocar o rosto
Evite encostar as mãos não lavadas na boca, nos olhos e nariz. Essas são as principais portas de entradas do coronavírus no organismo.


Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar
O ideal é usar cotovelo ou lenço. Se utilizar papel, jogue fora imediatamente.


Usar álcool em gel
Se não houver água e sabonete para lavar a mão, use o álcool gel 70%, que é eficiente para matar o vírus e outras possíves bactérias.


Evitar contato se estiver doente
Quem está com sintomas de doença respiratória deve evitar apertar as mãos, abraçar, beijar ou compartilhar objeto. Se puder, fique em casa.

Usar máscara se apresentar sintomas
Quem está com sintomas como tosse e espirro deve usar máscara mesmo sem o diagnóstico confirmado de covid-19.