Por Marcelina Freire
Em coletiva à imprensa por meio de videoconferência na manhã desta terça-feira, 02, a Secretaria Estadual de Saúde do Acre (Sesacre) disse que vai refazer os testes nos idosos do Lar Vicentinos que testaram positivo para covid-19, todos haviam sido vacinados contra a doença. A diretoria do Lar confirmou que 23 dos 54 moradores foram diagnosticados com a doença no final de semana.
“Uma coisa que eu posso garantir para vocês é que a vacina é de vírus inativado, ela não tem capacidade de causar a doença. Então nós avaliamos os casos notificados suspeitos como covid-19, e o que nós pudemos levantar de informação até o momento; primeiro é que existe a necessidade realizar um novo exame confirmatório com relação a positividade dos casos”, garantiu a coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI) no Acre, Renata Quiles.
Ainda segundo a coordenadora, "o período que eles manifestaram (idosos) as suspeitas da doença foi muito pequeno após a vacinação. A gente entende que a vacina da covid em um organismo sadio ela leva em média 14 dias para fazer a soro conversão, para reagir, e o que nós observamos é que esse período foi de oito dias então não havia tempo da vacina fazer efeito, alcançar o potencial máximo de proteção”, explicou.
Paralelo à coletiva, o governo do Estado divulgou uma nota de esclarecimento sobre o assunto. O documento informou que no período de 11 a 26 de fevereiro ocorreram quatro óbitos de residentes dessa instituição. Após análise, o comitê descartou qualquer associação com a vacinação em dois dos casos e nos demais ainda segue o processo de investigação mais detalhada.
Ainda segundo o documento, “Um óbito ocorreu por Covid-19 no dia 26 de fevereiro, após internação de três dias no Huerb. Nesse caso, em consulta à literatura disponível sobre o tema, observa-se que na população idosa a resposta imune é mais lenta do que na população mais jovem (imunossenescência), retardando assim a proteção contra o vírus. Por isso, mesmo após a vacinação, há a necessidade de manutenção dos cuidados sanitários, como distanciamento social, uso de máscaras e higienização frequente das mãos”.
A nota destacou ainda que as vacinas disponibilizadas foram aprovadas pela Anvisa e por outros órgãos renomados no mundo, garantindo sua eficácia e segurança, sendo a única forma confiável e segura de proteção coletiva contra a Covid-19. “Por fim, este comitê condena com veemência a prática deliberada de divulgação de notícias falsas e “caça-cliques”, procedimentos que prestam desserviço à sociedade, causando desinformação, desconfiança e terror”, conclui a nota.