O Prefeito Marcus Alexandre e a vice-prefeita Socorro Neri lançaram o Plano de Contingência contra enchentes em Rio Branco. O lançamento, realizado na sede da Associação dos Municípios do Acre - AMAC, contou com a participação do coordenador da Defesa Civil Municipal, coronel George Santos; de secretários e assessores da Prefeitura de Rio Branco; do comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Roney Cunha; do comandante do 7º BEC, tenente-coronel Luís Henrique Franco; e dos representantes do DEPASA, Miguel Félix, da Polícia Militar, Major Freitas, além do Chefe do Gabinete Militar da Prefeitura, coronel Cleudo Maciel. O secretário de Meio Ambiente do Estado, Edegard de Deus, o Secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Gabriel Gelpke, a representante do Instituto de Mudanças Climáticas, Vera Reis, os vereadores Pastor Manuel Marcos, presidente da Câmara de Vereadores, Jackson Ramos, Elzinha Mendonça e Rodrigo Forneck também estavam presentes. Além do representante da União Municipal das Associações de Moradores de Rio Branco - UMAMRB, Gilson Albuquerque.
O documento, elaborado desde 2013, é instrumento norteador para ações de socorro e assistência às famílias em caso de enchentes. Além de definir a atuação dos órgãos envolvidos, orienta prioridades das ações de enfretamento como mobilização, preparação de abrigos, recebimento e acolhida das famílias, retirada e transportes nas áreas de risco. A execução do Plano é deflagrada quando o Rio Acre atinge a cota de 12 metros.
De acordo com o prefeito Marcus Alexandre, “o Plano é resultado do apanhado de aprendizado no enfrentamento às enchentes nos últimos quatro anos. Setenta por cento das enchentes ocorrem no período entre o janeiro e início de março. Então, é o momento de monitorar, redobrar a atenção e nos prepararmos para ações de socorro e assistência às famílias”, destacou.
“A estrutura mobilizada envolve 23 órgãos do sistema municipal da Defesa Civil e conta com o apoio do Governo do Estado, por meio do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil Estadual, e da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração, todos engajados para minimizar o sofrimento da população”, destacou o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, coronel George Santos.
A Defesa Civil mantém o acompanhamento permanente nas áreas de riscos hidrológicos, primeiras zonas afetadas pela cheia, como os bairros Airton Sena e Taquari, e nas áreas de riscos geológicos, onde ocorrem movimentação de solo como bairros Preventório, Embratel e Vila Nova.
Como é elaborado o Plano de Contingência
O Plano de Contingência contra enchentes no município de Rio Branco é elaborado, desde 2013, a partir de dados coletados pela defesa civil e especialistas em meio ambiente. Os registros mostram a ocorrência de enchentes desde 1972. Sendo as de maiores proporções nos anos de 1988, 1997, 2012 e em 2015, quando o nível do Rio Acre atingiu a cota histórica de 18,40 metros. De 2013 a 2015, durante a gestão do prefeito Marcus Alexandre, a cidade passou, no total, 90 dias de inundação.
Ainda de acordo com dados apresentados no Plano de Contingência, de setembro de 2016 a janeiro deste ano, o volume de chuvas tem sido maior do que a média histórica. Nos primeiros dias de janeiro choveu 311mm, quando a média do período de anos anteriores foi de 280mm. Só na última quarta-feira, 11, choveu 49 milímetros na capital.
A representante do Instituto de Mudanças Climáticas, professora Vera Reis, chamou a atenção para o histórico de eventos ocorridos em função de fenômenos como o El Niño. Segundo ela, “não queremos ser muito pessimistas, mas vemos que as mudanças climáticas vêm afetando o mundo. 2015 foi o ano mais quente da história. O El Niño de 2016 foi um dos piores já registrados. Esse é um período de neutralidade, o que quer dizer que não é possível fazer previsões. Então, precisamos redobrar a atenção e unir esforços para enfrentar essas situações”, disse a professora.
Da Assessoria
Fotos Fagner Delgado/Asscom