Bocalom anuncia R$ 10 milhões para auxiliar famílias e microempresários vítimas da enxurrada

A Prefeitura de Rio Branco anunciou na manhã desta segunda-feira (27), que realizará um projeto de lei no valor de R$ 10 milhões para auxiliar as famílias e microempresários que tiveram seus bens perdidos durante a enxurrada em Rio Branco. Os primeiros R$ 5 milhões anunciados pelo prefeito no início da enchente estão sendo empregados na ajuda humanitária, ou seja, necessidades emergenciais, como alimentação, colchões, água potável e mineral e kits de limpeza.

O prefeito Tião Bocalom informou que essa quantia é para auxiliar as famílias que perderam tudo e também ajudar os pequenos empresários, que tiveram problemas.

“Para isso a Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre (Acisa), vai nos ajudar a selecionar direitinho, a Secretaria de Assistência Social está nos bairros fazendo o levantamento dos prejuízos para podermos ajudar.”

Bocalom explicou que o projeto “Recomeço” visa auxiliar todos os atingidos na retomada de suas atividades, após a situação de emergência.

“A câmara deverá aprovar isso essa semana, vamos abrir uma licitação para comprar os produtos, para depois em 30, 45 dias estarmos com os produtos na mão e poder entregar para cada um que perdeu sua máquina, geladeira, fogão, aquilo que as pessoas precisam na sua casa.”

O vereador João Marcus Luz disse que estão satisfeitos com as ações da gestão, com 5 milhões imediatos, e mais 10 milhões para compra de utensílios e ajuda aos comerciantes que foram prejudicados com a enxurrada.

“Nós queremos de imediato, até quinta-feira, que esse projeto seja aprovado porque é um projeto humanitário é uma forma das pessoas recomeçarem as suas vidas.

O vereador enfatizou a necessidade de mais recursos federais e estaduais para o atendimento às vítimas. “Queremos deixar a nossa gratidão a gestão do prefeito Tião Bocalom, mas também deixar nosso desânimo com a ajuda do governo federal, que achamos muito pouca, esperávamos mais, esperamos que o governo federal trate Rio Branco com mais carinho, e também aguardamos ações efetivas financeiras do governo do estado.”

De acordo com o presidente da Acisa, Marcelo Moura, será feito o cadastramento dos microempresários afetados pela enxurrada, e pede para que apresentem comprovação dos prejuízos.

“A Acisa tem que estar à disposição para ajudar a prefeitura e para ajudar os comerciantes, o prefeito quer viabilizar alguma ajuda financeira para os microempreendedores que foram atingidos, peço para que essas pessoas procurem a Associação Comercial, para levar a sua documentação básica mínima: número de CNPJ, foto da mercadoria avariada, foto do comércio, alguma comprovação que foi prejudicada e que está desenvolvendo atividade naquele local.”

De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, a quantidade de bairros afetados em Rio Branco deve subir para 39 nas próximas horas, dada a previsão de elevação do nível do rio. Ele explicou que o operacional da prefeitura hoje é de 500 servidores e precisa de mais pessoas na força-tarefa para conseguir atender a demanda e salientou que se o volume do rio não evoluir tanto nos próximos dias, estima-se um período de um mês a quarenta dias para que o cenário na capital se reestabeleça.

“Nós já temos a maioria dos bairros afetados. Desses 39, pelo menos 35 bairros nós já trabalhamos neles, e esses bairros que já foram afetados à medida que o rio vai elevando seu nível eles vão aumentando ainda mais o território de cada bairro, conseguindo alcançar outra localidades também. Nós estamos falando de pelo menos mil ruas afetadas dentro desses 39 bairros, nesse momento, já ultrapassamos a quantidade de 40 mil pessoas afetadas, além de milhares de pessoas desabrigadas e desalojadas.”

Durante a coletiva, o prefeito adiantou também que um levantamento está sendo realizado pela prefeitura em relação a cobrança de IPTU para estas famílias.

“Nossa equipe está fazendo um estudo e até o dia 30 a gente anuncia como faremos com o IPTU, mas tenham certeza de uma coisa, ninguém vai botar a faca no pescoço de ninguém, ao contrário, nossa gestão já demonstrou que nós gostamos de cuidar das coisas de forma séria, honesta, transparente, e principalmente humana, nós queremos ajudar as pessoas.”

[Assessoria]


Lavar as mãos
A lavagem deve ser feita frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.


Não tocar o rosto
Evite encostar as mãos não lavadas na boca, nos olhos e nariz. Essas são as principais portas de entradas do coronavírus no organismo.


Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar
O ideal é usar cotovelo ou lenço. Se utilizar papel, jogue fora imediatamente.


Usar álcool em gel
Se não houver água e sabonete para lavar a mão, use o álcool gel 70%, que é eficiente para matar o vírus e outras possíves bactérias.


Evitar contato se estiver doente
Quem está com sintomas de doença respiratória deve evitar apertar as mãos, abraçar, beijar ou compartilhar objeto. Se puder, fique em casa.

Usar máscara se apresentar sintomas
Quem está com sintomas como tosse e espirro deve usar máscara mesmo sem o diagnóstico confirmado de covid-19.