Equipes da Defesa Civil Municipal foram mobilizadas para atender uma ocorrência de movimentação de terra na Travessa Jucá, região do Segundo Distrito da capital, nesta quinta-feira (2), após as fortes chuvas.

Três famílias foram cadastradas para sair da localidade e ir para o aluguel social. O diretor administrativo do órgão municipal e capitão do Corpo de Bombeiros, Brito Soares, disse que a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans) isolou a rua para evitar que veículos transitem pelo lugar. Um apartamento foi interditado.

Após a remoção das famílias, o capitão afirmou que as equipes vão continuar monitorando a área e orientou os moradores.

“A população deve estar ciente que, assim que começar a chover, tem que observar se há alguma fissura, rachadura e alguma quebra de barranco e se afastar do local. Vamos providenciar o isolamento do local para que ninguém fique transitando, informar a assistência social do município para que leve essas famílias para um lugar sguro por meio do aluguel social", explicou.

Famílias temem perder casas

Morador da Travessa Jucá, no bairro Cidade Nova, em Rio Branco, há 20 anos, o pedreiro Cleberson Timóteo do Nascimento teme perder a casa onde vive com a família. É que o deslizamento de terra que afeta a região está a uma distância de 4 metros da residência dele.

"O problema surgiu há dois anos, a gente pede ajuda e nunca vem ninguém. Nosso problema é esse. Minha casa é na principal e faltam 4 metros para chegar até minha casa. A gente não quer isso não, negócio de aluguel social porque é problema para nós, quem tem 4 a 5 filhos para levar para aluguel social para ser expulso", lamentou.

Para o morador, a solução seria, de algum jeito, tentar barrar o deslizamento e arrumar a área afetada. "A gente quer um recurso, que venham ajeitar isso aqui porque ajeitando isso, ajuda muito gente a não sair de suas casas", afirmou.

Erosão é antiga

Há exato um ano, uma equipe da Rede Amazônica Acre esteve na região para mostrar o avanço do desmoramento.

Na época, a Defesa Civil de Rio Branco informou que, apenas em janeiro daquele ano, a erosão tinha avançado cerca de 11 metros na região e cinco famílias foram retiradas.

[G1]