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Terrorismo eleitoral

Terrorismo eleitoral  

Acusar apenas a candidatura Dilma Rousseff de ter feito uma campanha eleitoral de baixo nível não condiz com a realidade.

A campanha eleitoral próxima passada, no que diz respeito à disputa presidencial não foi nada cordial. Eram tiros para todos os lados, no que parecia ser uma guerra. E não sejamos ingênuos, até porque, estratégias eleitorais e guerras guardam mais similitudes que divergências. Ainda bem que, se nas guerras convencionais só se morre uma única vez, enquanto nas guerras eleitorais, via de regra, todos sobrevivem. Neste particular, os ex-presidentes Lula e FHC, são dois exemplos, prontos e acabados, de tais sobreviventes, afinal de contas, antes de chegarem à presidência, ambos já haviam morrido eleitoralmente, se é que assim podemos falar sobre derrotas eleitorais.   

Voltando aos tiroteios verbais: “Nos Estados Unidos, desde os anos 60, quando começou o hábito de contratar agências de publicidades produziram-se os anúncios mais icônicos de agressão política que se tem notícia”. Esta expressão, “ipsis litteris”, foi extraída de uma reportagem da Veja em sua edição de 29/10, página 76 exposta nas bancas exatamente às vésperas da disputa em segundo turno da recente disputa presidencial. 

 Como nas disputas eleitorais quem perde tem o direito de reclamar, e quem ganha, o de comemorar, em se tratando do terrorismo eleitoral do qual tanto ainda se continua falando, tanto a campanha da candidata Dilma Rousseff quanto à do candidato Aécio Neves empataram, e se não, em poder de fogo e artimanhas, com certeza, os terroristas das facções que defendiam a candidatura Dilma Rousseff não se encontravam preparados para guerrear contra as facções tucanas. Vamos lá;

Qual a arma que melhor atenderia aos interesses de um grupo terrorista, eleitoralmente falando, quando ele tem a sua disposição um instituto de pesquisas capaz de fraudar seus resultados em favor de um candidato? E mais: além de fraudar, ainda conseguir espaços para que seus resultados merecessem os melhores espaços na nossa grande imprensa.   

A revista ISTOÉ, por exemplo, em sua edição de 29/10, e que chegou às bancas às vésperas do segundo turno, em sua capa, compôs duas manchetes com os seguintes dizeres: 01 – PESQUISA ISTOÉ/SENSUS – Aécio lidera com 9 pontos de vantagem sobre Dilma. 02 – UMA CAMPANHA MONTADA NA MENTIRA – Como o time da candidata Dilma Rousseff disseminou o medo no país e escondeu a crise econômica para tentar levar a eleição e se manter no poder. Internamente, 10 de suas páginas, ao tempo em que fazia a mais intransigente defesa do candidato Aécio Neves, em relação à candidata Dilma Rousseff, tudo que não presta foi cuidadosamente explicitado.  

Vejamos alguns dos disparates que mereceram destaque e que foram debitados aos terroristas da campanha da candidata Dilma Rousseff: 01 – Aécio é o atraso para o Brasil. 02 – Aécio é igual a Carlos Lacerda. 03 – Aécio é filhinho do papai e vingativo.  04 – Você vota em candidato que agride mulher. 05 – Aécio sofre de transtornos mentais. 06 – Se Aécio for eleito vai acabar com o Bolsa família. 06 – Aécio é inimigo número 1 da educação. 

Resumindo-se: se dependesse tão somente de seus terroristas a candidata Dilma Rousseff não teria sobrevivido aos poderosos terroristas que emprestaram suas armas e seus serviços ao candidato Aécio Neves. 

 Por certo, quando sua ficha cair, o candidato Aécio Neves chegará à conclusão de que pior do que qualquer ação terrorista que viesse a sofrer foi ter sido derrotado em sua própria Minas Gerais. 

 

 

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