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Governador e prefeito se encontram no Palácio Rio Branco, mas evitam falar em política eleitoral

Alguns colegas jornalistas aproveitaram o encontro entre o governador Gladson Cameli (PP) e o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, do mesmo partido, na tarde de segunda-feira, 29, no Palácio Rio Branco, para forçar a barra e fazerem os dois falarem em sucessão municipal.  O encontro entre os dois foi para firmar parceria entre Governo do Acre e Prefeitura de Rio Branco para investimentos no sistema de distribuição de água e tratamento de esgoto.

No entanto, apesar de abordarem o tema, Gladson defende cautela sobre o tema e garantiu que ainda é cedo para falar de política, além disso, ele afirmou que é preciso unir forças no trabalho em parceria com a prefeitura. “Não podemos antecipar eleições. Isso causa problemas nas ações que pretendemos resolver em parceria, não há tempo a perder”, declarou.

Já o prefeito Tião Bocalom, também do PP, foi mais objetivo e não conseguiu escondeu seu desejo de contar com o apoio do governador na lita pela reeleição. No entanto, garantiu que as candidaturas dentro do PP são naturais. “Quem não sonha em ter o apoio do governador. Essa discussão ainda é cedo, tudo será definido ano que vem”, afirmou.

O diretor-presidente da Saneacre, ex-deputado José Bestene, não declarou seu apoio a nenhuma dos pré-candidatos, embora seu sobrinho, o doutor Alysson Bestene, secretário de Governo, esteja na disputa, mas afirmou que o partido será grande para fazer os representantes do Poder Legislativo e Executivo. “O trabalho é fortalecer o partido para lá na frente fazermos o maior número de representantes”, ressaltou.

Repúdio

A visita do presidente da Venezuela, Nicolas Maduro (PSUV), ao Brasil, não agradou a maioria das lideranças políticas, como apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e parlamentares. Nas redes sociais, a deputada federal Socorro Neri (PP-AC), a mais votada em 2022, repudiou o convite do Presidente Lula da Silva (PT) ao líder venezuelano.

Afronta à democracia

“Receber com honras de Estado um líder ditatorial como Nicolas Maduro é uma afronta à democracia e aos direitos humanos. Não podemos compactuar com regimes que violam a liberdade e a justiça. O Brasil deve se posicionar em defesa da democracia e dos valores que a sustentam”, disse a deputada nas redes sociais.

Procurado pelos EUA

O departamento Antidroga da Venezuela oferece prêmio de US$ 15 milhões de dólares a quem fornecer informações sobre o paradeiro de Nicolas Maduro. Em reais, o valor representa hoje cerca de R$ 75 milhões. Para o Governo Americano, Maduro é traficante e terrorista. Mas para Lula da Silva, Maduro é um exemplo a ser seguido e quer que o mundo se retrate diante das acusações feitas ao seu amiguinho.

Crimes contra humanidade

Organização das Nações Unidas anunciou, em setembro de 2022, que as agências de inteligência da Venezuela, tanto civis como militares, funcionam como estruturas bem coordenadas e eficazes para a execução de um plano, orquestrado pelos mais altos níveis do governo, para reprimir a oposição, cometendo crimes contra a humanidade.

Relatório da ONU

No relatório, a Missão Internacional Independente de Apuração de Fatos das Nações Unidas sobre a República Bolivariana da Venezuela (MIIV), detalha os papéis e contribuições de vários indivíduos em diferentes níveis das cadeias de comando dessas agências e insta as autoridades a investigar sobre eles.

Violações

Em relatórios anteriores, a Missão havia destacado o papel dos dois serviços de inteligência militar e civil do Estado - a Direção Geral de Contra-inteligência Militar (DGCIM) e o Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (SEBIN), respectivamente - no cometimento de violações de direitos humanos desde 2014.

Torturas

A ONU determinou que algumas dessas violações constituem crimes contra a humanidade. Esse relatório oferece uma análise mais detalhada do papel desempenhado por pessoas em diferentes níveis das cadeias de comando de ambas as organizações, na execução de um plano orquestrado pelo ditador Nicolás Maduro e outras autoridades de alto nível para reprimir a oposição ao governo, inclusive cometendo torturas extremamente graves.

Repressão

As violações e crimes continuam até hoje. As mesmas estruturas, padrões e práticas são mantidas. Vários dos funcionários investigados pela Missão continuam trabalhando para essas agências e, em alguns casos, foram promovidos. A análise da ONU finalmente detalha como essa máquina foi acionada pelo ditador Maduro e outras autoridades de alto nível como parte de um plano deliberado do governo para reprimir críticas e oposição.

Violência sexual

Isso inclui privação arbitrária da vida, desaparecimentos, extorsão, punição corporal e violência sexual e de gênero. Não só as autoridades não tomaram medidas para prevenir ou reprimir esses abusos, mas a Missão recebeu informações sugerindo conluio entre atores estatais e não estatais em partes do estado Bolívar.

Contra indígenas

No município de Gran Sabana, no sul da Venezuela, a Missão documentou em profundidade vários casos em que forças do Estado atacaram populações indígenas, cometendo uma série de violações. Em um confronto, após a oposição tentar transferir ajuda humanitária do Brasil para a Gran Sabana, forças venezuelanas cometeram tortura e privação arbitrária da vida contra indígenas.

Renegociação

Mesmo a contragosta, o Presidência da República vai ter que renegociar a dívida da Venezuela para com o Brasil. O valor global da dívida já ultrapassa os R$ 13 bilhões. Somente com uma refinaria de petróleo, que nunca funcionou, foi torrado mais de R$ 1 bilhão.  

 

 

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