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Tribuna Popular na Câmara debate a vota da Zona Azul no centro de Rio Branco

Câmara Municipal de Rio Branco realizou na terça-feira 21, Tribuna Popular para debater o sistema de estacionamento rotativo, no centro da cidade, conhecido como Zona Azul. Implantado na gestão petista, a Zona Azul foi extinta pelo prefeito Tião Bocalom, mas agora a mesma administração decide reinstituir a modalidade de estacionamento. A cobrança passou a ser executada na segunda-feira, 20 e deixou muitos descontentes.

Abordou-se ainda a possibilidade de contratação de flanelinhas, pela empresa que gere a Zona Azul em Rio Branco, para atuarem como operadores orientando os motoristas. Alex Sena, que já trabalha há 20 anos como flanelinha no Centro da cidade, lamentou o retorno do estacionamento rotativo. Ele pontua que a Zona Azul coloca em risco o sustento da família dele. “Já trabalho como flanelinha há muito tempo e é daí que tiro o sustento da minha família. Com a instalação da Zona Azul perdi minha renda porque a rua onde trabalho agora tem que pagar para estacionar. Não ofereceram nenhum emprego a nós, apenas toraram nossa fonte de renda”, lamentou Alex.

Segundo o vereador Fábio Araújo (PDT), a Prefeitura de Rio Branco contratou uma empresa que leva embora 83% do faturamento adquirido aqui na Capital. “Somente 17% de fato é revertido de fato para nossa cidade. Diante desses dados é que pergunto: qual q necessidade da Zona Azul em Rio Branco? ”, questionou o parlamentar. Fábio lembra que a instalação do estacionamento rotativo atingiu a fonte de renda de muitas pessoas. “São 100 pais de família que agora estão desempregados. Esses 83% de faturamento aí que essa empresa está levando é, na realidade, o salário deles. Quem vai olhar para esses pais de família? ”, indagou.

Outro ponto citado pelo vereador Fábio Araújo, autor do requerimento que resultou na Tribuna  Popular para discutir o assunto, é a forma de pagamento. “Somente através do aplicativo é que se consegue pagar. Agora me diga uma coisa: aquele produtor rural que não tem internet e nem o aplicativo vai fazer como? É preciso pensar em todas as possibilidades e isso não tem sido observado”, disse Araújo.

A vice-presidente da Câmara, vereadora Lene Petecão (PSD), pediu ao Poder Executivo que priorize os flanelinhas para trabalhar como operadores. “Meu encaminhamento é que possamos rever o diálogo e criar uma comissão a fim de verificar sobre a possibilidade de essa empresa contratar os flanelinhas”, disse. Ele questionou a necessidade de um estacionamento rotativo em Rio Branco.

“Uma cidade que tem tanto problema ainda para resolver, uma Zona Azul não deveria ser prioridade. Na instalação anterior fui contra, especialmente depois que alguns acordos foram descumpridos. À época, ficou estabelecido que chamariam os flanelinhas e os qualificariam para trabalharem na empresa. Acordaram ainda que as famílias receberiam uma cesta básica até todos estarem devidamente adaptados, porém, não aconteceu nada disso. O diálogo dessa vez precisa ser sério e responsável”, afirmou.

Contratação

Os vereadores Francisco Piaba e Célio Gadelha reforçaram a fala dos demais vereadores e pediu a contratação dos flanelinhas. “São pais de família que estão agora desempregados e não podemos permitir que isso continue acontecendo. Peço que a prefeitura e essa empresa da Zona Azul que priorize os flanelinhas porque eles precisam desse dinheiro para sustentar suas famílias”, disse Piaba.

Mais problemas

“A zona Azul já causou muitos problemas. Estou apresentando Anteprojeto de lei que dispõe sobre a contratação de flanelinhas que já possuem experiência como operadores na orientação aos motoristas. Além disso, reforço a necessidade de a prefeitura proporcionar mais segurança aos proprietários dos veículos. Pagamos pelo estacionamento e muitas vezes temos nossos carros arrombados e depois ninguém quer se responsabilizar”, afirmou Gadelha.

A visão do líder

 Por fim, o líder do prefeito na Câmara, o vereador João Marcos Luz (PMDB) destacou a importância do estacionamento rotativo na capital acreana. “A Zona Azul já é uma realidade nacional, Rio Branco é uma das poucas cidades que ainda estava descoberta com esse tipo de estacionamento rotativo. Precisamos desse serviço para democratização o espaço público e reorganizar os estacionamentos. A empresa anterior prestava um péssimo serviço, por isso que o contrato não foi renovado, diferente da atua que é muito qualificada e tem boas referências”, explicou.

Inclusão

Com relação à contratação dos flanelinhas, marcos Luz salientou que a empresa responsável pela Zona Azul realizou uma reunião com a categoria e que muitos fazem parte da atual equipe. “Muitos flanelinhas saíram satisfeitos dessa reunião, inclusive, na segunda-feira alguns deles já receberam o colete para trabalhar orientando os motoristas. Existe sim boa vontade do Poder Público em ajudar os flanelinhas a manterem suas fontes de renda”, finalizou.

Regularização

A situação dos servidores temporários dos institutos Socioeducativo e de Administração Penitenciária, que correm risco de perder o emprego, pois os contratos estão se expirando, voltou a ser questionada na sessão desta terça-feira, 21, pelo deputado Afonso Fernandes (PL). “Essa questão não é apenas de desemprego, mas sim social. Estamos falando de mais de 400 famílias que há anos prestam serviços para o Estado e que não podem, de uma hora para outra, ficarem desamparadas”, disse. 

Ação efetiva

O parlamentar disse ainda que se reuniu ontem com representantes da Procuradoria Geral do Estado (PGE), para tratar do assunto. “Estive na Casa Civil ontem e a boa notícia é que o governo do Estado tem se mostrado sensível à causa. Eu sei que juntos vamos encontrar uma saída, essas pessoas não podem ficar desassistidas de jeito nenhum. Tem servidor que está há 27 anos neste setor, é muito tempo”, salientou.

Pelos policiais

Deputado Adailton Cruz (PSB), usou a tribuna da Aleac, nesta terça-feira, falou sobre sua visita ao comando da Polícia Militar na capital. “Visitei a sede da Polícia Militar para conhecer de perto algumas dificuldades da segurança pública no Estado. O atual contingente inclusive é pequeno, apenas 2.500 policiais para o Acre inteiro, quadro que precisa ser ampliado. Fui lá porque pretendo apresentar um Projeto de Lei sobre o porte de armas em locais festivos, por agentes públicos que não estejam em suas funções”, disse.

Indicação

O parlamentar também apresentou uma Indicação solicitando que a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), firme um convênio com a Associação Nossa Senhora da Saúde (Ansau) para que os 350 servidores que atuam no Hospital Regional do Juruá, recebem o auxílio-saúde no valor de R$ 400. “Apresento a Indicação para que seja aditivado o termo de convênio para ser concedido a eles o auxílio-saúde, pois todos os trabalhadores da área recebem, mas os servidores da Ansau ainda não estão contemplados.

Entrevista

Em conversa com este colunista no programa Entrevista da Tarde, nesta quarta-feira, ao vivo, na TV Rio Branco-Cultura, o deputado Adailton Cruz (PSD) afirmou que vai continuar reivindicando junto ao governo do Acre melhores salários e condições de trabalho para os servidores da Saúde. Ele lembrou que anda existem servidores que ganham apenas R$ 40, 00 por plantão.  

Contestação

O deputado Afonso Fernandes (PL), usou seu tempo na tribuna no Pequeno Expediente para contentar às afirmações feitas pelo deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), durante discurso na sessão desta quinta-feira (16), acerca dos desdobramentos da terceira fase da Operação Ptolomeu, da Polícia Federal, que investiga o Governo do Acre.

Mais cautela

Afonso Fernandes afirmou que é preciso ter cautela ao debater o assunto na Assembleia Legislativa do Acre. “Ouvi atentamente o discurso do deputado Edvaldo Magalhães e quero frisar aqui, que assim como nós fomos eleitos para cumprir um mandato de quatro anos, o governador Gladson também foi. Nós não temos o direito de encurtar a gestão de ninguém. Claro que existe uma operação em curso e estamos sim, atentos aos movimentos. Mas, não podemos antecipar os processos, ninguém foi indiciado ainda”, enfatizou.

Sem pré-julgamento

Ainda segundo Afonso Fernandes, é o momento de as instituições responsáveis atuarem no caso de forma responsável e sem excessos. “Não nos cabe fazer pré-julgamentos. Não podemos fazer isso. Vamos deixar as instituições trabalharem, cumprirem o seu papel. Não podemos cometer injustiças aqui”, acrescentou o deputado.

Comissão

Afonso destacou, ainda, a reunião realizada na última quarta-feira (15), pela Comissão da Criança, do Adolescente, do Idoso e de Combate à Pedofilia, (CAICP), que debateu a preparação de uma série de ações em favor da qualidade de vida de crianças, jovens, idosos e pessoas com deficiência no Acre. Ele revelou que durante o encontro, foram anunciadas algumas metas que serão postas em prática em favor da comunidade, com destaque para a situação das pessoas que têm transtorno do espectro autista no Acre.

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