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Deputada federal Socorro Neri assume a presidência da Executiva Municipal do PP

 

Deputada federal Socorro Neri tomou posse na noite de sexta-feira, 19, como nova presidente da Executiva Municipal do PP de Rio Branco, que 30 aos depois, volta a ser o maior partido do Acre. A festa de posse aconteceu na sede do partido, na rua Major Ladislau Ferreira, no bairro Abraão Alab, pr3stiada por centenas de militantes do PP e dos demais partidos que ajudaram o governador Gladson Cameli ser eleito em 2028 e reeleito em 2022.

Lideranças do PP como a vice-governadora, Mailza Assis; o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, o deputado federal Zezinho Barbary, a estadual Maria Antônia, o secretário de Governo, doutor Alysson Bestene, anunciado como nome do partido à Prefeitura de Rio Branco, vereadores do partido prestigiaram a posse de Socorro Neri.

Maioria usou o tempo para saudar a nova comandante, que terá a responsabilidade de formar chapas e fazer o PP seguir seu curso vencedor iniciado em 2018 com a vitória do hoje reeleito governador Gladson Cameli, cuja ausência foi sentida, através de forte manifestação dos presentes sempre que foi citado.

Após discussões internas, as lideranças chegaram ao consenso, evitando eleição. O novo vice-presidente é secretário de Educação, professor Aberson Carvalho; secretário geral é Márcio Pereira; primeiro vice-presidente é o vereador Nogueira Lima.

Aclamada e empossada, a nova comandante disse em seu discurso, depois de calorosos aplausos, estar ciente da responsabilidade de dirigir um partido gigante, do tamanho em que está o PP. Ao fim da cerimônia de posse, a nova presidente do PP, Socorro Neri, aniversariante do dia, ganhou festinha surpresa com direito a bolo, presente e o tradicional “parabéns pra você”.

Reconhecimento

A gestão do agora ex-presidente do PP de Rio Branco, professora Luzimar Alencar e os demais membros da executiva foi reconhecida pela maioria das lideranças do partido. Lívio Veras, que é da Direção Regional, também teve seu trabalho elogiado pelos progressistas, assim como os que comandam as demais instancia do PP como a Ala jovem, a ala feminina e os movimentos populares.

Meu coração é 11

Prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, afirmou que seu coração é 11, razão pela qual não deve sair, deixando claro seu desejo de disputar a reeleição pelo PP. Também contou sua história na política, iniciada como vereador no Paraná, pela Arena, hoje PP, depois prefeito de Acrelândia na época em que o PP era chamado de PDS e depois virou PPR e PPB até chegar ao PP.

Ministro

Em visita a Brasileia, no interior do Ace, na manhã de sexta-feira, 19, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou o repasse de R$ 91 milhões para ações de segurança pública, sobretudo, na região de fronteira. O recurso é do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). Quem acompanhou o ministro foi a vice-governadora, Mailza Assis.

Seminário

No Seminário sobre Segurança na Fronteira, as polícias apresentaram levantamentos sobre ações no Acre e também as necessidades para reforçar as ações. O ministro também efetuou entrega de 20 viaturas para serem usadas pelo sistema de Segurança Pública do Acre, sobretudo na regiçao de fronteira e no enfrentamento aos crimes de feminicídios.

Superestimação

Claro que o ex-prefeito de Rio Branco e candidato derrotado ao Governo do Acre, engenheiro Marcus Alexandre é um bom gestor e um líder político. No entanto, nada justifica o alarde que estão a fazer sobre ele. Dos partidos de esquerda aos de direita, passando pelos de centro todos estão disputando sua filiação e sonhando em tê-lo como candidato à Prefeitura de Rio Branco.

Foi moleza

Marcus Alexandre foi eleito prefeito de Rio Branco pelo PT e o poderio econômico, em 2012, uma vez que o seu partido comandava o Governo do Acre, a Presidência da República e a própria Prefeitura de Rio Branco. Sem falar nos sindicatos, associações, federações e confederações. Além disso, seus adversários não tinham peso eleitoral e nem estrutura partidária e financeira.

Vitória apertada

Apesar de ter apoio do prefeito Raimundo Angelim, do governador Tião Viana e do Governo Feral, todos comandados pelo PT e um monte de partidos de esquerda, centro e direita, além dos meios de comunicação, Marcus Alexandre quase perde para Tião Bocalom, que à época era do PSDB, partido que o deixou sozinho, sem lenço e sem documento. Faltava até água para os militantes beberem no comitê central.

Em segundo turno

No primeiro turno, Marcus obteve 48% dos votos, contra 43% de Bocalom. No segundo turno, Bocalom viu seus aliados se renderem aos poderosos de plantão. Os poucos vereadores que foram eleitos por sua pequena aliança, simplesmente sumiram. Mesmo assim, a vitória de Marcus foi apertadíssima. O petista não obteve 51% dos votos. O resultado final foi de 50,77% contra 49,23 de Bocalom.

Reeleição

Após fazer boa gestão, Marcus Alexandre não encontrou nenhuma dificuldade para ser reeleito em primeiro turno, em 2018, tendo como vice-prefeita, a professora-doutora Socorro Neri, que à época havia trocado o PSDB pelo PSB. Marcus teve como adversária a então deputada estadual Eliane Sinhasique, que disputou a prefeitura pelo MDB e não obteve o devido apoio do partido.

Entrou água

Dois anos depois, incentivado por militantes dos partidos de esquerda, Marcus Alexandre renunciou ao mandato de prefeito, abandonou a Prefeitura de Rio Branco e foi lançado como candidato ao Governo do Acre. O plano não deu certo e ele amargou uma derrota acachapante para o então senador Gladson Cameli (PP), logo em primeiro turno.

Outro fracasso

Após a derrota, Marcus Alexandre tentou se viabilizar como secretário municipal, mas a prefeita Socorro Neri já estava disposta a decretar o fim da Frente Popular e se distanciar do PT. Por isso, não o aceitou como assessor. Na eleição de 2020, o PT se preocupou em atacar a prefeita Socorro Neri e esqueceu de fazer campanha. Resultado: o deputado Daniel Zen perdeu feio e o partido ficou, pela primeira vez, sem representante na Câmara de Rio Branco.

Dose dupla

Na disputa pelo Governo do Acre, em 2022, o governador Gladson Cameli (PP), mesmo enfrentando um festival de denúncias e inquéritos da Polícia Federal e problemas com o Superior Tribunal de Justiça, enterrou o PT, derrotando, ao mesmo tempo, Jorge Viana e Marcus Alexandre, respectivamente candidato ao governo e vice.

Amadorismo explicito

Definitivamente o amadorismo continua a tomar conta do nosso cenário político. Eu sempre critiquei e continuarei a criticar algumas práticas dos partidos de esquerda, sobretudo p PT, mas nesse particular, sinto-me no dever e na obrigação de mirar nos partidos de centro e de direita. Com raríssimas exceções, os partidos preferem importar candidatos a projetar lideranças internas.

Sem chance

Pelo que vi na festa de posse da deputada federal Socorro Neri na presidência do PP, não há por parte dos progressistas, clima para apoiar candidatura de Marcus Alexandre. Aliás, nunca vi o governador Gladson Cameli falar sobre esse assunto. Na verdade, isso é coisa de petista infiltrado no governo. O petista arrependido terá que se filiar mesmo ao PSD de Sérgio Petecão ou ao MDB de Flaviano Melo.

 

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