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Duplo desafio

Duplo desafio

Governar o Acre, já seria um desafio, e manter-se no poder

por longos 20 anos, a exemplo do PT, ponha desafio!

         Só em duas unidades da nossa federação, desde a nossa redemocratização, integrantes de um mesmo partido político conseguiram chegar a seguidos 20 anos de poder: São Paulo governado pelo PSDB e o Acre sob o comando do PT. Daí a pergunta que não pode calar: o que tem determinado tais longevidades se o poder costuma fadigar num único mandato, e quando muito, no curso de uma única reeleição? Neste particular o Rio Grande do Sul é emblemático. Lá, por exemplo, nenhum dos seus governadores conseguiu se reeleger.   

         São Paulo, certamente, por seu exuberante desenvolvimento, sobretudo, quando comparado com o Acre, as causas que têm determinado a longevidade do PSDB no poder, certamente, diferem das causas que têm propiciado o PT à frente do governo do nosso Estado.

         No Acre, as causas que determinaram os 20 anos de poder do PT são bastante conhecidas, portanto, não se trata de um segredo a ser desvendado, até porque, não há como se esconder os importantíssimos feitos das suas sucessivas administrações sem se chegar à seguinte conclusão: nos últimos 16 anos o Acre conseguiu dar um considerável salto no seu desenvolvimento e deixou de ser, um ente à parte, no contexto de nossa federação. Até quem é cego sabe disso, menos, é claro, o pior dos cegos, ou seja, aquele que não quer ver.   

         Embora garantidos, os 20 anos de poder do PT no nosso Estado depende tão somente do calendário, ou seja, da conclusão do atual mandato do governador Tião Viana, este por sua vez, ainda novinho em folha, e no que dele depender, seu substituto será alguém que já vem sendo cuidadosamente preparado para substituí-lo. E que a nossa oposição consiga ver, até porque, o cara leva jeito.

         Das duas, uma: ou nossa oposição ganha tempo e toma juízo ou porá  outras contas no seu rosário de derrotas. O primeiro teste será a disputa pela prefeitura de nossa capital, enfim, caso o prefeito Marcus Alexandre consiga se reeleger nossa oposição chegará em 2018 com a cara de derrotada, diria até, só para cumprir tabela.

         Como o poder desgasta e o antipetismo não para de crescer, ainda assim, nossa oposição precisa fazer algo mais, do contrário, não fará girar a roda do poder, e entre os seus muitos afazeres, de antemão, os partidos políticos e as respectivas lideranças que a compõem, precisam corrigir seus mais grotescos e corriqueiros erros, até porque, enquanto continuar repetindo-os, não chegará ao governo do nosso Estado.

         Oposição desunida não propicia a alternância de poder, menos ainda, quando só se manifesta nos períodos pré-eleitorais. Quem viver, verá!

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