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Direita/esquerda

Não vejo com bons olhos a distinção entre direita     e esquerda em se tratando de ideologia política.

Tais denominações surgiram ao tempo da revolução francesa e tinha como objetivo separar os assentos dos seus integrantes. Os gerondinos, considerados mais moderados e conciliadores ocupavam o lado direito da Assembléia Nacional Constituinte e os mais radicais e exaustados, os Jacobinos, ,tomava seus assentos no lado esquerdo.

Nas sociedades atuais, entretanto, em vez de virtude, quem se diz de centro, vem sendo interpretado como oportunista, contrariando os ensinamentos do imortal Aristóteles que considerava que a virtude está no meio, ou mais precisamente, na média ponderada dos fatos.

 O nosso país, infelizmente, deixou-se intoxicar pelos extremados e o resultado foi este em que nos encontramos, e de ambos os lados. Embora minoritários, ainda assim são capazes de ameaçar a nossa democracia. Apenas ameaçá-la, mas nunca destruí-la, afinal de contas, a larga maioria da nossa população encontra-se distanciada dos extremos.  

As nossas últimas eleições foram bastante ameaçadoras, mas como bem disse o estadista Winston Churchill, a democracia é o pior dos regimes com exceção de todos os demais. Daí a pergunta que não pode calar: qual o regime que viria substituí-lo?

Numa linguagem estatística, a disputa Lula/Bolsonaro praticamente resultou num empate técnico. Para tanto basta que comparemos os 60.345.999 obtidos pelo candidato Luis Inácio Lula da Silva com os 58.206.354 votos obtidos pelo candidato Jair Bolsonaro.

       Os radicais existiam em ambas as candidaturas e não chega a 1% por mais precisa que seja a avaliação, ainda assim, restou uma minoria disposta a patrocinar as mais graves indisciplinas, inclusive o terrorismo. Foi exatamente o que passamos a assistir, em particular, o que aconteceu no último dia 8 de janeiro.

         Lamentavelmente, nos últimos anos, a expressão “golpe de Estado” passou a fazer parte do nosso vocabulário político e os 1% dos radicais, ditos de extrema direita, apostaram nesta hipótese, sem anteverem que as nossas instituições, inclusive as nossas forças armadas, jamais admitiriam que isto pudesse acontecer.

         Se até mesmo da desgraça poderemos tirar boas lições, que as tiremos dos últimos e trágicos acontecimentos. Isto seria fundamental para demonstrar a importância da nossa e de qualquer outra democracia.

         Em relação ao que foi o governo Jair Bolsonaro que o mesmo seja tratado com justiça, jamais com a vingança que os extremados da esquerda estão a sugerir.

 

 

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