Colunistas

Chumbos trocados

                            A nossa geração não pode legar aos nossos descendentes a guerra que ora vivenciamos.

         O pior estágio de uma guerra acontece quando seus contendores se sentem fortemente armados. Nestas condições não há rendição, menos ainda, cessar fogo. 

         A política existe para se evitar qualquer que seja a guerra, mas quando iniciada, para se buscar a paz. Para tanto, é melhor vê-la encerrá-la do que vê-la continuar.   

        Desde as eleições de 2018, e mais ainda, das eleições de 2022, que o nosso país encontra-se bastante dividido, e o mais grave, não vemos a menor perspectiva de chegarmos a um denominador comum, porquanto os extremados, tanto os das esquerdas, quanto os das direitas, encontram-se de prontidão e satisfazem-se em assistir ao que mais lhes interessam.

        Se nos seus quatro anos de governo do então presidente, Jair Bolsonaro, ele não viveu um único dia de paz e o mesmo está acontecendo com o hoje presidente Lula, as nossas crises só tenderão a se avolumar.  

         Para alimentar o nosso beligerante clima, ou seja, a nossa desgraça, as redes sociais e seus respectivos blogueiros, feitos bombeiros às avessas, fingem apagar os nossos incêndios lançando combustíveis sobre suas chamas.

        Se no período que antecedeu as eleições de 2018 fui contra a prisão do potencial candidato Lula, à presidência da nossa República, presentemente, sou contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, isto porque, em acontecendo, mais dividido e radicalizado ficará o nosso país.   

       Quão bom seria se estivéssemos divididos entre o bolsonarismo e o lulismo, mas não, a nossa divisão dá-se exatamente entre o anti-bolsonarismo e o anti-lulismo. Nas eleições próximas passadas, nunca menos de 20% dos eleitores que votaram em Lula assim procederam pretendendo derrotar o bolsonarismo e o mesmo percentual dos eleitores que votaram em Jair Bolsonaro pretendiam derrotar o lulismo.

       A nossa pobreza política chegou a este nível, ou mais precisamente, ao fundo do poço, e se continuarmos cavando, só nos restará chegar ao seu volume morto.

     Sei, perfeitamente, que estamos vivenciando os estragos políticos deixados pela finada Operação Lava-Jato, a mais falaciosa tentativa de conter a corrupção, e que resultou na criminalização da nossa atividade política.  

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