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Inoportuna

                                   A corte máxima da nossa justiça eleitoral está sendo acusado de ter agido por vingança.

             Ser acusada de ter agido inoportunamente seria uma coisa, já bastante preocupante, mas motivada por vingança, é outra, afinal de contas, a vingança representa a antítese da justiça. Pior ainda: tanto o nosso TSE-Tribunal Superior Eleitoral quanto o nosso STF-Supremo Tribunal Federal, de julgadores, estão sendo acusados de agirem à margem das nossas leis.

            Do poder judiciário esperávamos que com suas oportuníssimas arbitragens, levássemos a caminhar na busca do restabelecimento da harmonia entre os nossos poderes, conforme determina a nossa própria constituição, mas não, pois a cada dia estamos a assistir uma nova agonia.

            Que a cassação do mandato do deputado federal, Deltan Dallagnol, enquanto figura exponencial da Operação Lava-Jato  traria toda sorte de especulações seria previsto, por se tratar uma decisão que se tornaria potencialmente explosiva.     

             Entre os sete integrantes do nosso TSE três deles se tornaram ministros do referido tribunal por indicação do então presidente Jair Bolsonaro, enquanto isto, a cassação do mandato do então deputado federal Deltan Dellagnol deu-se por unanimidade, ou seja, pelo placar de 7x0.

               Entre as tantas especulações decorrentes da referida cassação uma dela diz respeito à cassação do mandato do atual senador Sérgio Moro, outro desafio a ser  enfrentado pelo nosso TSE, e em sendo o caso, pelo nosso STF.

                Em relação à possível cassação do mandato do senador Sérgio Moro vale ressaltar que ele está sendo acusado por um dos integrantes do PL, o partido político que agrega o maior número de bolsonaristas no nosso Congresso Nacional.

             Não tenho o menor apreço pela Operação Lava-Jato, menos ainda pela dupla Moro/Dellagnol, isto porque, falando-se em herança maldita, nada poderia ser mais maldizentes que a herança que nos legaram, ainda assim, não vejo como sendo oportuna a cassação do mandato do hoje senador Sérgio Moro.

             O lavajatismo, quando no auge de sua fama, subestimou a máxima: “quem com ferro fere com ferro será ferido” e ora se dizem ferrados por juízes vingadores.

             Ao culpar o presidente Lula e não TSE, pela cassação do mandato do deputado federal Deltan Dallagnol, por 7x0, Sérgio Moro volta a revelar as sutilezas do seu mau caratismo.       

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