Desde a Operação Lava Jato que passamos a assistir os mais variados espetáculos.

          A dupla, Sérgio Moro e Daltan Dalagnol, o primeiro juiz titular da 13ª vara da justiça federal de Curitiba, e o segundo, procurador da República, a pretexto de combater a corrupção, instituíram uma operação e deram o apelido de Lava-Jato.

        Em princípio, a referida operação prometia golpear, duramente, aquele que, segundo o saudoso Ulisses Guimarães, seria o maior destruidor cupim da nossa República, no caso a nossa endêmica corrupção.

         Como não poderia deixar de ser, a Operação Lava-Jato conquistou fama e prestígio e numa intensidade nunca vista em nossa história. A  partir de então, o juiz Sérgio Moro, passou a representar àquele que, ungido dos céus, iria colocar o nosso país no caminho da legalidade, da moralidade, da dignidade e de tudo o mais que pudesse impedir o nosso desenvolvimento social, moral e político.

         A expressão a seguir é de autoria de Abraham Lincoln, um dos mais celebrados ex-presidentes dos EUA: “Você pode enganar muitas pessoas por pouco tempo, pode enganar algumas pessoas por muito tempo, mas não pode enganar todo mundo o tempo todo”.

         No caso da Operação Lava-Jato ela conseguiu enganar muitas pessoas por pouco tempo, algumas pessoas por muito tempo, mas não conseguiu enganar todo mundo o tempo todo. Bem a propósito, eis que veio o STF-Supremo Tribunal Federal, a instância máxima do nosso poder judiciário, e considerou o dito cujo, Sérgio Moro, como incompetente e parcial. 

         Responsável pelo assassinato de várias reputações, inclusive de pessoas inocentes, nem mesmo as punições devidamente aplicadas e que lhes rendeu a condição de ator principal de vários e elogiados espetáculos midiáticos, jamais compensarão o fato de ter que conviver, até os últimos dias de sua vida, como tendo sido um juiz incompetente e parcial.

        Os espetáculos promovidos pela Operação Lava-Jato transformaram a nossa atividade política num ambiente repleto de corruptos, e por mais paradoxal que possa parecer, outro não foi o ambiente que a dupla Sérgio Moro/Daltan Dalagnol passou a integrar. Nós, acreanos, nos encontramos chocados com a operação Ptolomeu III, e dela esperamos que a justiça seja feita, independente do espetáculo já patrocinado.