A campanha eleitoral de 2024 já começou e a de 2026 já  vem sendo articulada.

          Em cada um dos 5.560 municípios do nosso país as campanhas eleitorais visando às eleições municipais de 2024 já começaram. Acordos estão sendo feitos e desacordos estão sendo expostos, embora tudo possa mudar, afinal de contas, na reta final das definições das candidaturas, sempre acaba prevalecendo à lei da vantagem.

          Vários dos atuais candidatos a prefeito, sobretudo aqueles que concorrem as suas reeleições, em cada uma de suas ações, ao invés de levarem em consideração o interesse público só visam à quantidade de votos que os favoreçam, enquanto seus concorrentes, não pedem uma única só oportunidade de acusá-lo de incompetente e/ou de corrupto. O nosso linguajar político se tornou de baixíssimo nível.

           Foram-se os tempos em que nas nossas eleições se davam à base dos compromissos assumidos e da idoneidade dos candidatos. Presentemente têm prevalecido os insultos e as agressões, a exemplo do que aconteceu na nossa última eleição presidencial.

            Não por acaso, os bolsonaristas ainda consideravam o presidente Lula como o maior ladrão do Brasil, e os lulistas, que Bolsonaro era, além de incompetente, um verdadeiro genocida.

            Ao continuar este clima, apesar da nossa imensidão de recursos naturais, estamos assistindo o nosso país caminhar para trás. A comprovar: no ano 2011 chegamos a ser considerada a 6ª economia do mundo e ora amargamos a 13º posição e com viés de baixa.

          Nada justifica que a nossa educação básica, a base do nosso desenvolvimento, seja uma das piores do mundo, conforme o último resultado do PISA, este por sua vez, divulgado pela ONU. Pior ainda: somos um dos países do mundo que mais produz alimentos e voltamos a compor o mapa da fome, do qual havíamos saído em 2014 e a ele retornamos no ano de 2.022.

         Nas democracias que se prezam, suas eleições motivam boas perspectivas, entretanto, no nosso país, ao final de cada eleição, mais divididos ficamos. Até os seus resultados sequer estão sendo respeitados, afinal de contas, a criminalização da nossa classe política, fruto da Operação Lava-Jato, em muito contribuiu para que a nossa sociedade passasse descrê na nossa democracia, menos ainda no desenvolvimento do nosso país.