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Simples assim

                        Enquanto os nossos partidos políticos continuarem fazendo negociatas, nossa democracia se enfraquecerá.

          Peguemos as duas mais representativas democracias do mundo, a dos EUA e a da Inglaterra. Em ambas não mais que dois partidos, nos EUA, e três na Inglaterra, compõem as bases de sustentação política dos seus governantes.

         Nos EUA, dada a natureza do seu regime presidencialista, se o partido do presidente, seja ele do democrata ou do republicano, não conseguir compor maioria, só conseguirá aprovará seus projetos negociando, às claras, com seus opositores, mas isto ocorre à base de negociações públicas, jamais de negociatas, a exemplo do que acontece no nosso país.  

         Na Inglaterra, para além do partido conservador e do partido trabalhista, por vezes o partido liberal é chamado para compor a maioria, condição indispensável para se eleger a chefia do seu e governo. Esta é a principal característica dos regimes parlamentaristas.

         No nosso país, infelizmente, o nosso congresso nacional é constituído por integrantes de mais de 20 partidos, sendo o PL, o maior de todos e de oposição, com 99 deputados federais, e o PT, partido do governo, com apenas 68. A nossa Câmara de Deputados é constituída por 513 deputados federal. 

      Portanto, para conseguir compor sua maioria parlamentar o presidente, seja ele quem for, e a que partido pertencer, terá que se meter no chamado jogo do toma-lá-dá-cá, e caso não consiga, poderá acontecer o que já aconteceu com o ex-presidente Fernando Collor e a ex-presidente Dilma Rousseff.

         A causa e os efeitos da nossa esdrúxula estrutura partidária são bastante conhecidas. Ainda assim, pouco ou nada tem sido feito no sentido de se evitar a nossa inadequada fragmentação partidária.

         Nas eleições de 2020 foi extinta as coligações partidárias nas eleições parlamentares, no caso, a de vereadores. Resultado: vários partidos não conseguiram obter o coeficiente eleitoral e não conseguiram eleger um único vereador. Pena que fim das coligações foi substituído pela federação partidária.  

        Se a mesma regra houvesse prevalecido nas eleições de 2022, vários partidos não teriam elegido um único parlamentar, tanto a nível estadual ou nacional, e como conseqüência as nossas casas parlamentares não teria se transformado nisto que está aí: num verdadeiro mercado de compra de votos.

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