Aportuguesando a expressão acima, e com a qual concordo, traduzo: “o poder é do povo”.
Nas democracias que se prezam o poder invariavelmente emana do povo. Entretanto, as alternâncias dos detentores de poderes obedecem a um calendário previamente estabelecido, isto nos regimes presidencialistas, ou as regras igualmente estabelecidas nos regimes parlamentaristas. Nestes, o encurtamento ou a prorrogação do mandato do seu primeiro ministro e chefe de governo, não lhes confere um mandato com prazo fixo e determinado e quando sua substituição se faz necessário, a mudança ocorre sem provocar as naturais crises que ocorrem nos regimes presidencialistas.
O poder é do povo, sendo mais preciso, emana do povo. Lamentavelmente, no nosso país, não raro, as nossas eleições presidenciais costumam serem antecedidas e sucedidas de crises, a exemplo da nossa mais recente eleição, da qual, o ex-presidente Lula, embora legal e legitimamente eleito, vem sendo questionado por uma minoria radicalizada e xiita. Reporto-me aos visionários bolsonaristas, os ditos de raiz.
Para os referidos xiitas, qualquer motivo seria o bastante para provocar suas pretensas crises. Neste particular ressalte-se as desconfianças que tentaram estabelecer em relação as urnas eletrônicas. O próprio presidente Jair Bolsonaro, nas eleições de 2018 fora eleito através das referidas urnas. Não apenas ele como os seus três filhos: Flávio Bolsono, eleito senador pelo Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Bolsonaro eleito deputado federal pelo Estado de São Paulo e Carlos Bolsonaro eleito vereador pelo município do Rio de Janeiro.
Quando tudo nos levava a crer que o então presidente Jair Bolsonaro aceitaria, ainda que muito amargamente a sua previsível derrota, pois tudo nos levada a crer que sim, sobretudo os institutos de pesquisas, eis que surgiu a vã idéia de um golpe de Estado seguida da possibilidade do próprio Jair Bolsonaro se manter no poder e tudo isto contando com o cúmplice silêncio, diria até, com o conhecimento do próprio Jair Bolsonaro. O golpe fracassou, embora tenham ocorrido, mesmo após a divulgação dos resultados eleitorais, as maiores agressões a nossa democracia, seja pelas aglomerações nos arredores dos quartéis do nosso exército e a mais detestável de todas, as invasões das sedes dos nossos três poderes sediados em Brasil. Ainda bem que os “manés não obtiveram êxito”.