José não. A pergunta é a seguinte: e agora Jair Bolsonaro
O senador da República, Marcos do Val ao renunciar o seu mandato e tornar público uma conversa que manteve com o então presidente da República, Jair Bolsonaro, restou comprovado que o chamado golpe de Estado, de fato, não apenas fora cogitado e tinha como figura central de um hipotético golpe de Estado o próprio presidente Jair Bolsonaro.
Custa-me crer que isto tenha acontecido, apesar das evidências, mas as declarações do senador Marcos do Val, tido e havido como um bolsonarista carece de severas e cuidadosas investigações, afinal de contas, suas declarações não poderão ficar circunscritas a nociva polarização política que tomou de conta do nosso país no quarteto de anos que formos governados pelo presidente Jair Bolsonaro.
Golpe de Estado é um crime de lesa democracia, portanto, gravíssimo. Daí a imperiosa necessidade de sê-lo devidamente investigado. Neste contexto a minuta de um decreto que previa o estabelecimento do estado de defesa no TSE-Tribunal Superior Eleitoral, isto após a divulgação dos resultados do 2º turno das recentes eleições presidenciais, também carece ter a sua origem identificada, já que a mesma foi encontrada na residência de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, e na ocasião, no exercício de secretário de segurança pública do governador de Brasília.
Também não poderemos considerar de somenos importância as declarações do presidente nacional do PL, Waldemar da Costa Neto, já que o mesmo chegou a declarar que não apenas ele, assim como várias outras pessoas conheciam o inteiro teor da referida minuta.
Outro detalhe que precisa ser levado a sério: a ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro do nosso território nacional. Se por capricho ele se recusou a passar a faixa para o eleito, Luis Inácio Lula da Silva, por que não se fazer presente no nosso país justamente num período em que pesadíssimas denúncias estão recaindo sobre ele próprio?
Nas democracias que se prezam, por se tratar de um gravíssimo crime, só poderemos falar de golpe de Estado para condená-lo, jamais prevendo implantá-lo.
Até em favor de sua própria defesa o ex-presidente Jair Bolsonaro precisa retornar ao nosso país, e com urgência.
