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Nem e nem

     Nem o exército deve se envolver com a política e nem a política pode entrar nos seus quartéis.

     As nossas forças armadas, e em particular o nosso exército, são sim, instituições fundamentais do nosso Estado, e por assim sê-las, sobretudo por suas importâncias, não devem se envolver e nem deixarem-se envolver com a política partidária, pelo ao menos, àqueles que estiverem no pleno exercício de suas atividades.

   Pelo acúmulo de conhecimentos, quando vão para a reserva, particularmente, os de altas patentes, este impedimento cessa. A propósito, muitos deles já prestaram e continuam prestando relevantes serviços ao nosso país, e não raro, quando adentram na atividade privada e/ou na política. Portanto, não será a desobediência isolada de um único ou de um diminuto grupo de militares que subverterá a importância das nossas forças armadas.

  O precário desempenho do general Eduardo Pazuello, permanecendo na ativa e ao mesmo tempo ocupando as funções de Ministro da Saúde, contrariou a disciplina do próprio exército, pior ainda, sem se encontrar minimamente capacitado para enfrentar uma pandemia como foi a da Covid-19. 

   Quando um militar das nossas forças aramadas põe uma 4ª estrela em suas lapelas, com certeza, muito aprendeu, e como conseqüência, muito terá a ensinar. Portanto, em passando para a reserva e encontrando-se a altura para exercer uma determinada função pública, nada a se contestar.

   As nossas forças armadas, e em particular, o nosso exército, tem feito por merecer o prestígio já conquistado, e caso não se deixe envolver pela política partidária, seu prestígio só tenderá a crescer, afinal de contas, quando esta entra nos quartéis o binômio ordem/disciplina será prejudicado.

   Verdade seja dita: o então presidente da República, Jair Bolsonaro, trouxe para a nossa administração pública uma desproporcional quantidade de militares, fato que levou as nossas forças armadas a se tornar objeto das mais variadas críticas, algumas delas altamente agressivas. Ambos os procedimentos, em nada contribuíram para a nossa democracia.

   Coube ao marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, primeiro presidente do período revolucionário 1964/1984, criar a expressão “vivandeiras de quartel”, reportando-se aos civis que batiam as portas dos quartéis pedindo a instauração de uma ditadura militar contra governos civis estabelecidos. A deposição do então presidente João Goulart, em muito teve a ver com as ações das referidas vivandeiras.  

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