O Partido Comunista da China continua sendo o único a ascender ao poder.
Em menos de 50 anos a China transformou-se numa das maiores potências econômicas do mundo, a ponto de ameaçar o gigantismo dos EUA. Antes, a China compunha o rol dos países mais miseráveis do planeta. Daí a pergunta que não pode calar: se na economia não existe magia e nem milagres, o que motivou o hiper crescimento chinês?
Quando liderou a República Popular da China, após a morte de Mao Tsé-Tung, Deng Xiaoping produziu uma série de reformas econômicas, ao tempo em que levou a série a seguinte expressão: “não importa a cor do gato, conquanto que ele cace o rato”.
Deng Xiaoping havia sido exilado três vezes, porquanto Mao Tsé-Tung o temia pela sombra que sua inteligência vinha despertando no conjunto da sociedade chinesa. Em vida, o próprio Mao Tsé-Tung havia escolhido para sucedê-lo, Hua Guo Feng, alguém que, na sua visão, teria a capacidade de preservar a sua memória.
Incapaz de reverter à trágica situação da China, o próprio Hua Guo Feng chegou a oferecer a Deng Xiaoping, que se encontrava no exílio, os poderes que ele julgasse necessário para retirar a China da lamentável situação em que se encontrava. Ao aceitar o convite, o gato escolhido por Deng Xiaoping teve nome: Educação pública de qualidade e tecnologia.
O primeiro país a ser procurado pela nova ordem política da China foi o Japão, a época, em elevadíssimo grau de desenvolvimento educacional e tecnológico. Sempre que lhes relembravam a invasão japonesa ao território chinês, Deng Xiaoping relembrava sua recorrente expressão: não interessa a cor do gato, conquanto que ele cace o rato”.
Lamentavelmente, nós brasileiros, ainda não encontramos um gato capaz de devorar os ratos que impedem o nosso desenvolvimento. Diria até, sequer dispomos das ratoeiras que possam detê-los.
Ao denominar o regime econômico chinês de Economia de Mercado Socialista, em princípio, uma baita contradição, Deng Xiaoping possibilitou que a China se transformasse numa das mais importantes economias do mundo a ponto de igualar-se, e quem sabe, de vir a superar os EUA, o símbolo do capitalismo mundial.
Não apenas presentemente, mas ao longo da última década, a China tem sido o principal destino das nossas exportações, sobretudo, dos produtos derivados do nosso pujante agronegócio.
Se fôssemos levar as últimas conseqüências o regime político da China, jamais estaríamos vivenciando tão oportuníssima parceria. Com a palavra o nosso pujante e importantíssimo agronegócio.