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Libertinagem

                                                                        Se a culpa é minha, transfiro-a para quem quiser.                                        

             Sou favorável a um dos mais consagrados direitos em toda e qualquer sociedade verdadeiramente democrática. Reporto-me à presunção de inocência, um dos seus mais relevantes direitos. Lamentavelmente, nos regimes autoritários, em particular, nas mais cruéis ditaduras, este direito existe apenas para acudir os detentores do poder e os seus protegidos.     

            Que este direito acaba protegendo e dificultando a punição daqueles que não deveriam viver em sociedade, ainda assim, observemos a seguinte expressão da lavra de Voltaire: “antes absorver um culpado que culpar um inocente”.

              Infelizmente o advento da internet fez proliferar os falaciosos formadores de opinião, muitos deles achando-se no direito de caluniar, injuriar e difamar a honra, a reputação e a imagem de pessoas inocentes. Reporto-me àqueles que confundem liberdade de opinião com libertinagem.

              Dada sua pronta, imediata e abrangente veiculação, as mensagens que são postas nas chamadas redes sociais estão sendo regulamentadas em quase todos os países do mundo. Em tempo: regulamentadas e não censuradas, como sugerem os libertinos.

          Atrasadamente, ainda assim, muito oportunamente, no nosso país, às chamadas Fake News parece que estão com seus dias contados, posto que, tanto as plataformas digitais quanto aqueles que as utilizam para transmitir suas falaciosas opiniões passarão a ser responsabilizados, e em sendo o caso, criminalizados.  

          Certamente os bolsonaristas se indignam quando vêem e ouvem o seu mito sendo acusado de genocida, e de igual forma os lulistas, quando assistem o hoje presidente Lula ser tratado como um ladrão de nove dedos. Este dois exemplos bastariam para demonstrar a importância de tão esperada e desejável regulamentação.

            A nossa classe política encontra-se majoritariamente desmoralizada e só chegou a tão baixíssimo nível em razão das más informações que foram tornadas públicas pelos milhares de blogueiros que desinformam sob encomenda, e certamente, a soldo.

             Nos países que compõem a UE-União Européia, em todos eles, a veiculação das Fake News, em dependendo da sua gravidade, seus infratores são submetidos às elevadíssimas punições.  

             As redes sociais precisam ser regulamentadas e sem prejuízo da liberdade de expressão, diria até, nada que se assemelhe com censura. Na maioria dos países do mundo o combate a desinformação está a pleno vapor. Portanto, resta-nos façamos a nossa parte.

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