Liberdade de expressão pressupõe responsabilidade
No artigo 5° da nossa constituição vamos encontrar textualmente o seguinte: “É livre a manifestação do pensamento, vedado o anonimato”. E por que vedado o anonimato? Para que possamos identificar, e em sendo o caso, responsabilizar, todos aqueles que utilizam desse direito para invadir a privacidade das pessoas e agredir suas honras e imagens. Responsabilizar-se por suas opiniões há que ser uma exigência para quem usufrui desse direito. Opinião sem a identificação do seu autor, em princípio não deve ser levada a sério.
Quem emite uma opinião e a divulga nos moderníssimos meios de comunicação, presentemente, bastante avançados, não pode ficar no anonimato, sobretudo, quando as divulgam nas chamadas redes sociais, posto que, a internet deu asas aos bons e aos maus formadores de opinião. Portanto, são contras os maus que suas liberdades precisam ser regulamentadas, e se necessário, proibidas.
Em sendo a mentira, como dizia Machado de Assis, tão involuntária quanto à respiração, até que a mentira seja descoberta sobrevive como se fosse uma verdade. Quando não, estabelece um ambiente, no mínimo, repleto de dúvidas e intrigas.
Nenhum direito é absoluto a não ser a absoluta certeza de que tudo é relativo. Os libertinos precisam entender que suas liberdades precisam terminar quando começa a liberdade dos outros.
Quem viveu, e acabamos de viver a nossa última disputa pelo poder, em especial, pela presidência da nossa República, assistiu a um verdadeiro festival de mentiras, a maioria delas, altamente agressivas as honras e as imagens de seus respectivos adversários, e sem distinção, já que todos os competidores entraram numa verdadeira guerra suja. Se uns mais e outros menos, o fato é: o assassinato de reputação foi insistentemente praticado.
Triste a democracia, e a nossa já podemos inseri-la neste contexto, em que o nosso eleitorado foi levado a votar não no candidato de sua preferência, mas naquele que teria poderia derrotar àquele que lhes causava medo. Até gabinetes de ódios chegaram a ser instalados.
O que resultará de uma eleição na qual os parâmetros de comparação foram os que prevaleceram nas nossas últimas eleições, não se sabe, sabe-se apenas que, se os espíritos não forem desarmados, a nossa democracia continua bastante prejudicada.
Se a família dividida não sobreviverá porque dela deserta o amor e o respeito, e em sendo a pátria uma família amplificada, se continuarmos divididos, o futuro do nosso país não será promissor.