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Governo e Estado

                                                O regime presidencialista confere poderes em demasia a uma só pessoa. Isto é o pior dos seus erros.  

     Quantos países do continente europeu são regidos pelo regime presidencialista? Nenhum. E no continente sul-americano? Todos. Em quais dos dois continentes acima referidos as crises políticas acontecem ciclicamente e por quê?  Porque há a concentração de poderes aguça os ânimos dos tantos quantos que se deixam embriagar pelo poder.

    A propósito, na 2ª metade do século XX a maioria dos países latino-americanos vivia sob o regime ditatorial. De cara citaríamos: Paraguai, Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Bolívia, Guatemala, República Dominica e Brasil. Quase todos fortemente influenciados pelos EUA, e tendo como causa alegada a chamada guerra fria.  

   As tensões entre a URSS e os EUA se acentuaram quando sob a aquiescência de Fidel Castro, Cuba se aliou a URSS, sob o pretexto das hostilidades que os norte-americanas impunha ao povo cubano, este por sua vez exercido pelo ditador Fidel Castro, que em nome da democracia havia derrubado o ditador Fulgência Batista.

    Ao final da 2ª guerra mundial o mundo ficou devido entre as duas superpotências, de um lado a URSS e do outro a USA, e ambos na busca da hegemonia mundial. Até ameaças de utilização dos seus arsenais atômicos fizeram parte das suas cogitações, algo que não aconteceu em razão das suas naturais conseqüências, pois seria uma guerra sem vencidos e sem vencedores. Ao seu tempo já se dizia que caso houvesse a 3ª guerra mundial a 4ª se daria a base de paus e pedras, pois era apenas o que iria restar.  

   Em todos os países da união européia vigora o regime parlamentarista, e em suas duas tradicionais versões: monárquicos ou republicanos. Nas monarquias a chefia do Estado dá-se hereditariamente, a exemplo do que acontece na Inglaterra ou pelo sufrágio eleitoral, nos republicados, as chefias dos seus governos são escolhidas pelo partido ou a coligação que conseguir compor uma maioria parlamentar, entretanto, sua manutenção no poder independe de prazo, pois sem ela e sem maiores traumas, o chefe de governo é substituído. A própria Inglaterra, nos últimos teve como chefe de Estado, por mais de meio século, a rainha Elizabeth 2ª, enquanto a do governo, nos últimos três anos, passou por três chefias.

  No Brasil e em todo o nosso continente latino-americano, nos espelhamos no regime presidencialista vigente nos EUA, mas jamais formos capazes de dotar as nossas instituições a altura de lhes dar sustentação. Neste particular o presidente Jair Bolsonaro se vai e quando lembrado se prestará como exemplo de um mau perdedor.

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