Liberdade significa responsabilidade. É por isto que tanta gente tem medo dela.
Tudo que aumenta a liberdade aumenta a responsabilidade, posto que, a liberdade é um conceito relativo e que possibilita escolhas, autonomia e autodeterminação, enquanto os libertinos extrapolam os limites da sua liberdade e sempre ignorando suas regras e suas moderações.
A idéia de liberdade é a que somos livres, desde que as nossas ações não se sobreponham ou restrinjam o bem comum, em especial, a liberdade dos outros.
Em contrapartida a libertinagem está relacionada a comportamentos lascivos, egoístas e suas ações restringem as liberdades dos outros. Abraham Lincoln, do alto de sua sabedoria, e não por acaso, um dos maiores estadistas que a humanidade conheceu, sintetizou: “aqueles que negam as liberdades dos outros não a merecem para si mesmos”.
Quem confunde liberdade com libertinagem não sabe diferenciar direito moral com privilégio imoral, menos ainda, sociabilidade com vantagens pessoais.
No curso da última campanha eleitoral, da qual resultou a eleição do presidente Lula e a conseqüente derrota Jair Bolsonaro, de ambos os lados, e em demasia, em nome das suas liberdades as dos seus adversários foram vitimadas.
Os extremados existiram e continuarão existindo e sempre dispostos, não apenas a desinformar, sobretudo a má informar, e neste particular, as redes sociais foram transformadas nos seus principais instrumentos.
A polarização Lula/Bolsonaro empurrou o debate político da nossa última eleição para o nível mais baixo que poderia acontecer. Não por acaso, chegamos ao seu volume morto. As acusações que pesavam sobre ambos, se verdadeiras, só se prestariam para determinar a dosimetria da pena que cada um se fazia merecedor. Acusarem-se mutuamente de corruptos chegou a ser a mais comum das acusações.
Em relação aos nossos reais problemas, entre eles a fome, o desemprego, nossa educação, saúde e segurança pública, não houve o menor espaço para que pudessem sugerir como iriam enfrentar. Sequer os resultados eleitorais foram aceitos. Muito pelo contrário, pois até o nosso TSE-Tribunal Eleitoral foi e continua sendo acusado de ter agido com parcialidade e em franco favorecimento a um dos candidatos.