Lula, em seu terceiro mandato presidencial, se defrontará com um país a beira do caos.
O Brasil de hoje, impossibilita que o presidente Lula possa escolher por onde deva começar sua governança. Não há ambiente para a escolha de opções, e sim, para definição de prioridades, e ao que tudo nos leva a crer, eliminar a fome de milhões de brasileiros, vem ser a mais acertada, afinal de contas, a fome tem cara de herege, e como dizia o imortal sociólogo Betinho, “quem tem fome não pode esperar”.
Mas não é apenas a fome que nos maltrata, nos humilha e nos envergonha, pois além dela, existem outros desafios a ser enfrentados, entre eles destacaríamos as nossas brutais desigualdades sociais. Facilmente poderemos identificar os poucos que têm muito e os muitos que nada tem.
A cidade de São Paulo, tida e havida como o motor da nossa economia, antes escondidos em suas periferias e hoje perambulando pelo seu centro, 50.000 brasileiros, devidamente contabilizados, não tem onde morar e nem o que comer.
Politicamente, de onde deveriam surgir às soluções dos nossos gravíssimos problemas, estamos a assistir um festival de agressões e irresponsabilidades. Digo e repito: o país que discute se seus orçamentos públicos devam ser ou não secretos, não pode ser considerado um país sério.
A composição do nosso orçamento e a de qualquer país com o mínimo de responsabilidade é quem detém o seu poder executivo, após devidamente apreciado e aprovado pela maioria dos integrantes do seu correspondente parlamento.
Ao permitir a ingerência direta e as liberações impositivas das emendas apresentadas pelos nossos congressistas foi o mais grave dos erros cometidos e potencializado no governo do presidente Jair Bolsonaro, erro este que o presidente Lula terá extrema dificuldade de repará-lo, afinal de contas, não se retira privilégios sem antes passar por sérias dificuldades.
A emenda do relator, como assim restou denominada, a bem da verdade, permitiu a legalização da compra de votos, este por sua vez, um dos mais gravíssimos e recorrentes crimes da nossa precária democracia.
Que os parlamentares busquem o relator geral do nosso orçamento para introduzir emendas que contribuam com nossas políticas públicas, nada a contestar, quanto às mesmas não se prestem como moeda para a compra de votos.