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Haja bicadas

“A recondução de Aécio Neves à presidência do diretório nacional do PSDB foi um golpe”, Geraldo Alckmin.

As eleições municipais de 2016 guardarão correlação com a disputa eleitoral de 2018? Como regra não, como exceção talvez, afinal de contas, desde a nossa redemocratização, esta correlação jamais existiu. Neste particular, a eleição do então presidente Collor não poderia ser mais emblemática, até porque, seu partido político, o nanico PRN, sequer contava com um único entre os nossos mais de 5.500 prefeitos. Entre os nossos 27 governadores apenas o do Estado de Alagoas, como não poderia deixar de ser, o apoiou. Nas nossas Casas parlamentares, apenas um dos 513 deputados federais e um dos 81 senadores lhes deram apoio. Mais ainda: Àquela época, a nossa estrutura político-partidária não havia atingido o nível de avacalhamento que ora presenciamos. 

Na referida disputa, Ulisses Guimarães, Mário Covas e Leonel Brizola, tidos e havidos como favoritos, sequer conseguiram chegar ao segundo turno. Por certo, não fosse à quantidade de candidatos, exatamente 22, isto jamais teria acontecido. Resultado: O segundo turno foi disputado entre Collor e Lula, dois azarões.

Com vistas à disputa presidencial de 2018, a se confirmar a quantidade de presidenciáveis que já estão ensaiando disputar a sucessão do presidente, Michel Temer, a exemplo do que aconteceu em 1989, teremos um avantajado e indigesto cardápio de candidatos.  

Neste particular, o PSDB vem dando os piores exemplos, até porque, se sua trinca de pré-candidatos continuarem brigando internamente, até o  aparente favoritismo que costumeiramente exibem irá desaparecer. Digo aparente, porque nenhum dos seus pré-candidatos - Aécio Neves, José Serra ou Geraldo Alckmin – teria lugar num hipotético segundo turno. Vide os resultados das duas mais recentes pesquisas, uma do IBOPE e outra do Datafolha. E menos terá, se continuarem brigando, ou seja, se bicando.   

Tomando como referência as referidas pesquisas, se as eleições fossem hoje, às eleições de 2018, em segundo turno, seria disputado entre Marina Silva e Lula. Portanto, se os tucanos não cheguem a um denominador comum, e dificilmente chegará, muito provavelmente, nenhum dos seus pré-candidatos chegará ao segundo turno. Falando-se de unidade, decerto, estamos falando de algo que os tucanos não foram capazes de construir nas últimas quatro disputas presidenciais.  

Quando o governador, Geraldo Alckmin, bastante fortalecido com os resultados das últimas eleições, se disse golpeado com a recondução do senador Aécio Neves à presidência do diretório nacional do PSDB, decerto,  ele mandou avisar que irá cair nos braços de quem o quer, no caso, o PSB.

 

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