Não fosse sua unidade e disciplina jamais a FPA teria conseguido se manter no poder por 20 anos
Nem a FPA-Frente Popular do Acre e nenhuma outra aliança partidária conseguem funcionar a contento, até porque, os interesses partidários, sempre presentes, ameaçam a sua unidade, a base de toda e qualquer organização. Neste particular, ao longo dos últimos 20 anos, a FPA tem conseguido, com espetacular sucesso, a manutenção de sua unidade.
Em relação à FPA, ainda que por vezes ameaçada, a sua unidade jamais foi quebrada. A provar que não, já lá se foram cinco vitórias consecutivas nas disputas pelo governo do nosso Estado e outras quatro nas disputas pela prefeitura da nossa capital. Diria mais: enquanto seus opositores continuarem insistindo em revogar a máxima “a união faz a força”, continuarão aumentando o seu rosário de derrotas, afinal de contas, oposição dividida não ganha eleição.
Com vistas às eleições de 2018, mais que das vezes anteriores, a unidade da FPA já foi sacramentada, e com razoável antecipação, até porque, a definição dos nomes que irão compor a sua chapa majoritária, a causa determinante do desmantelamento das muitas alianças partidárias, no âmbito da FPA, já é uma questão superada, e o mais impressionante, sem ter provado o menor trauma entre seus integrantes.
Mesmo nos seus melhores momentos, nas vezes em que estiveram em disputa as duas vagas do senado, a FPA sempre abriu mãos para que um dos seus candidatos ao senado fosse indicado pelos partidos que a compusesse, ainda que dentro do próprio PT existissem nomes com mais densidade eleitoral e maiores chances de vitória. Por exemplo: nas eleições 2002, a vitória do então candidato ao senado, Geraldinho Mesquita, considerado um poste eleitoral, resultou da providencial contribuição da máquina eleitoral da FP1A.
Em relação às eleições de 2018, mais que nas eleições passadas, a engenharia política desenvolvida pela FPA tem sido de tal ordem, primorosa, que pela primeira vez, o PT deverá indicar os dois candidatos ao senado, no caso, a dupla; Jorge Viana/Ney Amorim.
O senador Jorge Viana, sem nenhuma contestação no âmbito da FPA concorrerá a sua reeleição. A surpresa fica por conta da candidatura do deputado estadual Ney Amorim, ao senado, até porque, seu nome sequer foi uma indicação do PT, e sim, dos outros partidos que compõe a FPA. De outro lado, seus opositores encontram-se engalfinhados numa luta fratricida, na qual, até a própria candidatura do atual senador Sérgio Petecão, a sua reeleição, é motivo das mais sérias e incômodas discordâncias.
No que diz respeito à disputa pelo governo do Acre, engana-se quem pensar que o fato da FPA ter quatro postulantes que isto sinalize a quebra da sua unidade. Pelo contrário. Aé porque, àquele que vier ser escolhido, de pronto, será aclamado pelos demais. Sendo mais preciso: será aquele que vier reunir as melhores condições.