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A pior chaga

 

Nosso principal e maior desafio: 14.000.000 de desempregados e 10.000.000 de sub-empregados.

 A trecho a seguir é de autoria de John Llewellyn Levis, um dos mais renomados líderes trabalhistas norte-americano: “Todas as formas de governo caem diante da necessidade por pão. Para o homem faminto, o pão passa em primeiro lugar – antes do seu sindicato, de sua pátria, de sua religião”.

Em outras palavras, assim se pronunciou o papa João Paulo II: “o desemprego do homem deve ser tratado como uma tragédia humana e não como uma estatística econômica”.

Portanto, nenhum assunto, a não ser a “geração de empregos” deveria encabeçar as principais pautas das nossas autoridades, independente do poder que detenham, particularmente, dos nossos representantes políticos, independente de onde estejam instalados. 

Lamentavelmente, e com o absoluto desprezo das nossas autoridades e da nossa grande imprensa, o nosso desemprego, ou seja, a nossa principal chaga social, não tem merecido a devida atenção e vem sendo tratado como se fosse uma questão de somenos importância.

À propósito, o nosso desemprego só é lembrado para revelar o quanto frágil encontra-se a nossa economia. Em outras palavras: que no curto e médio prazo o nosso desemprego continuará. Simplesmente esquecem-se o que dizia o inesquecível Betinho: “quem tem fome tem pressa”, ou seja, que já está faltando pão na casa dos desempregados. . 

Nada contra o combate a corrupção, até porque, parte do nosso desemprego tem muito a ver com a nossa corrupção. Mas nada justifica que o combate a corrupção tenha se transformado na única preocupação das nossas autoridades. .

Nada justifica que nos últimos três anos, das tratativas a sua  consumação, até chegar as explorações de uma determinada delação premiada, que ela se transforme na única preocupação das nossas autoridades e da nossa grande imprensa. Vide o que aconteceu quando das delações dos primeiros criminosos envolvidos no petrolão, e mais ainda, a partir das delações da Odebrecht e da J&F, as mais explosiva

Presentemente, como se fosse a solução dos nossos graves problemas, as preocupações de nossas autoridades estão voltadas para as hipotéticas delações de Eduardo Cunha, Lúcio Funaro e Antônio Palocci e, em especial, sobre a permanência ou não do presidente Michel Temer no poder. .

.        Se quem tem fome tem pressa, igualmente apressados estão os desempregado do nosso país, cujo presidente da República já perdeu a autoridade política e moral para nos governar, assim como o nosso Congresso Nacional e cuja imprensa continua apostando no quanto pior melhor.

Resumindo-se: os 14.000.000 de brasileiros desempregados e os outros 10.000.000 de sub-empregados decerto não estão gostando do tratamento que as nossas autoridades estão dando a uma questão de superlativa gravidade como vem ser o nosso desemprego. 

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