O Lulismo e o Bolsonarismo, como todos os ismos levam-nos ao fanatismo e ao distanciamento da razão.
As nossas últimas eleições, sob à ótica da política, começou com um gravíssimo vício de origem, vício este, que pela sua natureza, possibilitou a ruptura entre velhos amigos, entre irmãos de sangue e até mesmo entre pais e filhos. Politicamente nada mais inadequado, diria até, inadmissível.
A política existe para propiciar a convivência dos que pensam e agem diferentes, jamais para desuni-los, pois quando isto acontece, o resultado é invariavelmente desastroso, pior ainda, quando o fanatismo desce a todos os níveis da nossa pirâmide populacional, em particular, aos socialmente mais vulneráveis, pois são estes os que mais facilmente se deixam pelas promessas e seduções dos nossos falaciosos heróis.
Os políticos populistas, por exemplo, são os principais responsáveis e ao mesmo tempo os mais beneficiados pelo fato da nossa atividade política ter atingindo tão baixíssimo nível de credibilidade.
Nas eleições próximas passadas os nossos partidos políticos prestaram-se tão somente para abrigar candidaturas, algumas delas tornadas públicas nas últimas horas em que a chamada janela partidária anunciava o fim do troca-troca partidário para quem objetivasse se candidatar.
O próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, oportunamente se abrigou no PL, perfazendo o 8º partido ao qual estivera filiado. Nas eleições de 2018 já havia feito o mesmo quando se filiou ao PSL. Sintetizando-se: seu desapreço pelos partidos políticos tem sido sua marca mais visível.
Nem nas piores republiquetas espalhadas mundo afora, um político com tal comportamento sequer consegue se eleger síndico do condomínio em que mora.
A agonia que o nosso país está passando, e sabe-se no que resultará, deveu-se ao lulismo e ao blsonarismo que se estabeleceram na nossa última disputa presidencial, embora ambos, no quesito rejeição, aparecessem sempre nos dois primeiros lugares.
As pesquisas já anunciavam e a contagem final dos votos acabou revelando que 1/3 dos votos obtidos por Lula advieram dos eleitores antibolsonaristas e 1/3 dos votos obtidos por Jair Bolsonaro advieram dos eleitores antilulista. Por mais uma vez resta provado que maldito é o país que precisa de heróis.