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Bocalom começa a se distanciar de Petecão e se reaproximar de Gladson

Dez dias após a disputa eleitoral que terminou com Gladson Cameli (PP) reeleito em primeiro turno com mais de 56% dos votos, o governador vai receber o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom que, mesmo sendo seu colega de partido, preferiu apostar todas as fichas na candidatura de Sérgio Petecão (PSD), num gesto de gratidão, uma vez que o senador apoiou sua candidatura à prefeitura, em 2020.

O encontro entre o governador Gladson Cameli e o prefeito Tião Bocalom, ambos do PP, está marcado para a próxima quarta-feira, 12. É verdade que o prefeito andou falando o que não devia do governador, mas tudo isso talvez descontente por este ter optado por apoiar a candidatura da prefeita Socorro Neri que, em 2020, estava no PSB, ignorando seu colega de partido. No início de 2021, o governador tentou reaproximação, mas ao afirmar que iria apoiar a candidatura de Petecão ao governo, Bocalom acabou afastando-se de seu colega de partido.

Lideranças do PP, que exercem cargos estratégicos na Prefeitura e Rio Branco e no Governo do Acre, começaram as articulações tendo por objetivo estabelecer a paz e o entendimento entre o prefeito e o governador. O trabalho das duas equipes ganhou forças semana passada após encontro entre o senador Sérgio Petecão com o petista Jorge Viana e o ainda vice-governador Wherles Rocha, todos derrotados nas urnas este ano.

A presidente de honra do PP, senadora Mailza Gomes, eleita como vice-governadora, também estaria trabalhado para acelerar a reaproximação entre Gladson e Bocalom. Os líderes do PP que trabalham a união entre governador e prefeito, entendem que a gratidão e a parceria entre Bocalom e Petecão chegaram ao fim no domingo, 02, quando o senador foi derrotado na disputa pelo Governo do Acre.  Agora, segundo os progressistas, pé hora de os dois fumarem o cachimbo da paz e trabalharem juntos em rol do Acre e do povo acreano.

Michelle Bolsonaro

Primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro desembarca nesta terça-feira, 11, em Rio Branco. Mas antes, ela passará em Manas  (AM) e Porto Velho (RO). Em Rio Branco, Michelle se reunirá com lidres do Movimento Mulheres com Bolsonaro e pedirá apoio para ampliar a vantagem do Presidente Jair Bolsonaro, no Acre e  consolidar a virada sobre o candiato do PT, Lula da Silva.   

Aleac conservadora

Dos 24 deputados que comporão a Assembleia Legislativa a partir de fevereiro de 2023, vinte são de direita; três de centro e apenas um de esquerda. Desde sua criação, em 1962, o Poder Legislativo do Acre nunca foi tão liberal conservador. E o PT ficou sem representante pela primeira vez, desde 1990.

Bancada de direita

Na Câmara Federal, os oito deputados que irão representar o Acre e o povo acreano, todos são de direita. Claro que existem os de direita, os de direita moderada e os de direita radical, mas todos são liberais conservadores.  Os petistas e os comunistas foram varridos da bancada federal do Acre.

Fato histórico

Vale lembrar que, também pela primeira vezem nossa história, nenhum dos cinco deputados que buscaram a reeleição obteve êxito. Foram todos eliminados. Mara Rocha (MDB) foi candidata ao governo e Vanda Milani (Pros) tentou, sem sucesso, ser senadora; Alan Rick (União Brasil) foi eleito senador.

Alinhamento

Os oito deputados federais eleitos em dois de outubro, estão alinhados ao governador Gladson Cameli (PP), reeleito em primeiro turno com mais de 56%. O deputado Roberto Duarte (Republicanos), que é independente, na Aleac, afirmou que vai manter o mesmo comportamento político, mas garante apoio ao governador nos pleitos do Acre e do povo acreano, em Brasília.

Pesquisas sob suspeita

Ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, encaminhou à Polícia Federal (PF) pedido de investigação sobre a atuação de institutos de pesquisas eleitorais. O anúncio foi feito nas redes sociais do ministro. Os institutos de pesquisas erraram em favor dos partidos de esquerda.

Representação

Segundo o ministro, o pedido de inquérito atende a uma representação recebida pela pasta. O documento apontou “condutas que, em tese, caracterizam a prática de crimes perpetrados por alguns institutos”, disse Anderson Torres.

Farra das pesquisas

Ipec, antigo Ibope, lidera ao lado do Datafolha faturamento com pesquisas eleitorais. Segundo levantamento, a entidade recebeu cerca de R$ 11,4 milhões para realização das projeções no total. O principal contratante das empresas foi o Grupo Globo.

A festa do Ipec

O Ipec foi o instituto que mais faturou na campanha eleitoral. Foram R$ 11,4 milhões. As informações são do site O Antagonista. O principal contratante foi o Grupo Globo, que também encomendou pesquisas ao Instituto Datafolha em parceria com o grupo Folha da Manhã. As duas empresas gastaram outros R$ 3,4 milhões com projeções eleitorais.

Ranking

O Datafolha ficou em segundo lugar no ranking das pesquisas que mais faturaram, seguido da Quaest Pesquisas. O Data Folha faturou mais de R$ 4,1 milhões. Quest Pesquisas faturou R$ 3,1 milhões; Instituto Veritá R$ 2,5 milhões; Instituto Paraná R$ 1,9 milhão. Quinze empresas de pesquisas atuaram no primeiro turno. Dois quais, 10 deram vitória de Lula em primeiro turno.

CPI das pesquisas

Após conseguir o número de assinaturas mínimas necessárias, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) apresentou requerimento para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os institutos de pesquisas eleitorais. O documento tem o apoio de outros 29 senadores, totalizando 30 assinaturas.

Dez anos de prisão

Para que a criação da CPI avance, o requerimento precisa ser lido no plenário pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Outro projeto apresentado pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR) na Câmara prevê até 10 anos de prisão por pesquisas com resultados diferentes das eleições.

Metodologia

A CPI investigue as metodologias e sistemas de realização de pesquisas, a partir de elementos sociológicos, matemáticos e demográficos, mas também político-partidários. O objetivo é identificar quais institutos operam “fora das margens toleráveis”.

Preferência

No requerimento, o senador aponta que as pesquisas eleitorais têm impacto sobre a decisão de voto dos cidadãos, e afirma que as variações de prognósticos entre diferentes institutos são enormes e indicam “óbvia e inegável existência de desvios inaceitáveis”. Para o senador, há possibilidade convincente de preferência de alguns institutos por determinados candidatos.

Pode ser adiada

No total a lista de assinaturas para a CPI já tem 30 nomes. Seis deles são de senadores cujo mandato está no fim, e outros quatro são suplentes que estão substituindo temporariamente os titulares. Também há dois candidatos que disputam o segundo turno nas eleições de seus estados e, se vencerem, deixarão o Senado. A CPI pode ser adiada para 2023.

 

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