A PEC-241 propõe limitar os gastos públicos, portanto, sua aprovação é necessária, indispensável e inadiável.
Entre a falência do nosso país e tentar evitá-la, o governo Michel Temer apresentou e está defendendo a aprovação da PEC-241, diga-se de passagem, na ordem de prioridades, a primeira de uma série de leis a ser aprovada a fim de se evitar o aprofundamento da nossa crise econômica, e na sua esteira, o agravamento das nossas demais crises, entre elas, a política e a social, até porque, sem sua aprovação, já no curtíssimo prazo, nossos entes federados – união, estados e municípios – se tornarão, ou mesocliticamente falando-se, tornar-se-ão absolutamente ingovernáveis.
Foi-se o tempo que o desastre econômico do Estado brasileiro só era projetado para o médio e longo prazo, até porque, ele já se faz presente. Portanto, urge enfrentá-lo, ainda que seja algo do tipo, escolha de Sofia, ou seja, entre dois sacrifícios escolher o aparentemente menor.
Se Estados do porte do Rio de Janeiro (RJ), Rio Grande do sul (RS) e Minas Gerais (MG) já estão atrasando o pagamento dos seus próprios funcionários e já se declararam incapazes de pagar seus fornecedores de bens e serviços, e outros 20 caminham para seguir suas pegadas, e se três quarto dos nossos prefeitos encerrarão este ano sem fechar suas contas, não precisaria de mais nenhum outro exemplo para demonstrar a gravidade pela qual está passando o conjunto da nossa federação.
Que os partidos de oposição já tenham se declarado contrários a aprovação da PEC-241, vá lá que seja, afinal de contas, no jogo da atividade política, embora não devesse ser assim, lamentavelmente, assim tem sido. Daí a pergunta que não pode calar: O que fazem e o que querem os 367 deputados federais que votaram pela admissibilidade do processo de Impeachment da presidente Dilma Rousseff e os 61 senadores que determinaram o seu afastamento da presidência da República? Afinal de contas, foram eles que a alçou o vice-presidente Michel Temer ao poder, diga-se de passagem, os mesmo que ora estão a boicotá-lo.
Vamos a outra pergunta: Será que os nossos congressistas ainda não entenderam, ou fingem entender, que ao mesmo tempo em que estavam determinando a interrupção do mandato da presidente, Dilma Rousseff, estariam elegendo o presidente, Michel Temer?
Voltemos a PEC-241, ou mais precisamente, as dificuldades que o presidente Michel Temer e sua equipe econômica estão encontrando para conseguir aprová-la. De cara, precisamos responsabilizar os parlamentares que fazem parte de sua base de sustentação política, até porque, se a atual oposição não conseguiu evitar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, não terá força para dificultar o governo Michel Temer. Qualquer desculpa que venha dar, visam atender aos seus espúrios interesses.
Verdade seja dita: Quem está boicotando a aprovação da referida PEC, são os mesmos congressistas que conduziram o presidente Michel Temer ao poder, e como faziam no passado, enquanto o ciclo do toma-lá-dá-cá não se completar, continuarão utilizando suas chantagens, como forma do governo atender as nomeações dos seus apadrinhados, as liberações de suas emendas parlamentares, entres outras coisas que se consideram credores.
Na última sexta-feira, numa votação fundamentalmente importante à aprovação da PEC-241, apesar de todos os seus esforços, numa seção na Câmara dos Deputados, o governo não conseguiu reunir 51 deputados federais. Resultado: sequer a seção foi aberta.
Chega de chantagens! Basta de safadezas!