Os prós e os contras que irão influenciar na disputa eleitoral de 2018, aqui no Acre.
São Paulo e o Acre são os dois únicos Estados da nossa federação governados por um mesmo partido, ao longo dos últimos 20 anos. São Paulo pelo PSDB e o Acre pelo PT. Daí a pergunta que se impõe: o que os levou este dois partidos a alcançar, em tempos de eleições diretas, tão extraordinárias conquistas?
Aqui no Acre, o PT foi ainda mais longe, até porque, no mesmo período, a prefeitura da nossa capital, também esteve no poder do PT, por 16 anos, oito anos sob o comando do hoje deputado federal Raimundo Angelim, e outros oito anos, ainda inconclusos, em poder do atual prefeito Marcus Alexandre. Em São Paulo somente na mais recente disputa eleitoral o PSDB conseguiu eleger o prefeito de sua capital, na pessoa do atual prefeito, João Doria.
Em razão de tais longevidades, raramente conquistadas, nos debates político-eleitorais que por certo ocorrerão quando da campanha eleitoral de 2018, aqui no Acre, irão prevalecer os prós e os contras das gestões petistas, e de outro lado, os seus opositores terão que demonstrar que estão à altura de nos governar.
Sobre o candidato que a FPA-Frente Popular do Acre irá apresentar, certamente, um petista, de antemão já podemos afirmar que, diferentemente do que aconteceu das eleições de 2016, nas quais, os candidatos petistas foram impiedosamente satanizados, a ponto de serem acusados de pertencer a um partido político comparável a uma organização criminosa, nas eleições de 2018, em tão incômoda se encontrarão o PMDB, o PSDB, o PP e praticamente todos os demais partidos, até porque, segundo o próprio juiz Sérgio Moro, em termos partidários, a corrupção no nosso país é sistêmica e não uma exclusividade deste ou daquele partido.
Portanto, a não ser que fatos novos venham determinar uma radical mudança, a grand finale, aquela que definirá o sucessor do Governador Tião Viana se dará entre o atual prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre e o atual senador Gladson Cameli, até porque, somente uma radical mudança no nosso panorama político evitará que na disputa governamental os finalistas não sejam estes dois.
Em se confirmado tais candidaturas, será uma disputa sem favorito. Diria até: tudo dependerá dos erros e dos acertos que vierem cometer, e em particular, como suas campanhas forem conduzidas. À exemplificar: na disputa pela prefeitura de Rio Branco, a reeleição do prefeito Marcus Alexandre, a despeito dos seus méritos, sua vitória contou com a desunião dos seus opositores.
Como no quesito organização partidária, no decorrer das disputas eleitorais, a FPA tem dado fundamental importância a sua unidade e disciplina, e a nossa oposição caprichosamente sempre esteve desunida, muito provavelmente, tem sido a causa determinante de suas sucessivas derrotas.