Quais os riscos que as ditaduras da Venezuela, de Cuba e da Nicarágua estão a nos ameaçar?
Condená-las sim, é um dever de nós brasileiros e de tantos quanto forem os países que primam pelas suas democracias, mas temê-las em razão das ameaças que elas podem provocar a nível planetário, só para quem acredita em fantasmas.
O mesmo não se pode dizer da Arábia Saudita, esta sim, a mais cruel ditadura do mundo. Ainda assim, os EUA, a China e a Rússia, três pesos pesados no âmbito planetário continuam tratando-a como se o regime saudita não merecesse as devidas contestações.
Outro paradoxo: Os EUA, o símbolo mais representativo do regime democrático, e a China, governada por um único partido, o PCC-Partido Comunista Chinês, presentemente, compõem a maior parceria comercial do mundo. Verdade ou Fake News?
Aqueles que dão suas costas a realidade e apostam nas ilusórias pós-verdades, não podem prosperarem, e a provar que não, o triunvirato Venezuela, Cuba e Nicarágua estão aí e a testemunhar.
Entre países não existe amizades, e sim, interesses. Ou partimos desta premissa ou caminhamos rumo ao atraso, até porque, mesmo rotulada de comunista, o governo direitista de Jair Bolsonaro tinha a China como sua tábua de salvação e o governo Lula terá que caminhar na mesma direção.
Qual o país do mundo que mais atende aos interesses dos nossos agropecuaristas? A China, e se não fosse ela o nosso exuberante agro jamais teria se transformado em pop.
O Brasil é o país que detém, em quantidade e qualidade, às maiores reservas de recursos naturais do mundo. Portanto, nem pode e nem deve se colocar na condição de párea internacional, menos ainda, requerer de nenhum dos países com quem vier transacionar, os preocupantes atestados de ideologia.
O dólar, o euro e as demais moedas que porventura vierem a circular, jamais atenderão as rotulações: esquerda/direita. Diria mais: os bilhões de dólares que o nosso Agro vem conseguindo do nosso principal parceiro comercial, a China, foram fundamentalmente importante para a nossa balança comercial.
Quanto às ditaduras da Venezuela, de Cuba e da Nicarágua que elas se constituam em exemplos a não serem seguidos, até porque, tratá-las como instrumento de propaganda eleitoral da direita radical em nada ajudará no fortalecimento da nossa democracia.
Volta a repetir: entre países não existe amizades, daí escolhermos àqueles com os quais devemos nos relacionar.