Colunistas

Jocosamente

                                               Democracia é a arte de, da gaiola dos  macacos, se gerenciar o circo.

           Muito diferentemente do texto com o qual abri este artigo, democracia é um regime político que merece o melhor dos tratamentos, e pela simples motivação: não existe nenhum outro regime a altura de substituí-lo.

        Reparo o jocoso texto por outro produzido por alguém que muito oportunamente encontra-se na nossa história como um dos maiores estadista do século XX. Reporto-me ao imortal Winston Churchill. Segundo ele: “A democracia é o pior forma de governo, com exceção de todas as demais”. Esta expressão se devidamente interpretada vem revelar que a democracia não atingiu o seu mais elevado grau de perfeição, e sim, que estamos a tratar de um regime que deva ser continuamente aperfeiçoado.

       Nenhuma democracia poderá assegurar que todos obtenham o mesmo resultado, mas deve garantir que todos detenham das mesmas oportunidades, particularmente, no que diz respeito à educação pública, posto que, é neste particular que as nossas gritantes desigualdades sociais têm as suas mais perversas origens.

           Nada contra as boas escolas particulares, das quais os  vestibulandos emergiam e, presentemente, em razão do altamente competitivo ENEM, apenas uma fatia de privilegiados ocupa os assentos das nossas melhores universidades públicas. Minhas atenções se voltam em favor daqueles que advindos das escolas públicas não dispõem das mínimas condições de competitividade.

         Não há perspectiva para que aconteça a melhoria social e econômica de nenhum país que se descuida da educação pública de  suas crianças e dos seus jovens, posto que, são eles quem compõe os  alicerces de seus correspondentes edifícios educacionais e políticos.

       Já vivi o bastante para testemunhar o quanto o nosso sistema público de educação pública muito tem deixado a desejar, e não pela falta de métodos, mas pela multiplicidade deles. Sem nenhuma surpresa, a cada novo governante assistimos o estabelecimento de um novo método, como a se a nossa educação pública fosse uma questão deste ou daquele governo e não uma questão de Estado.

         Da priorização que for dispensada a nossa educação pública também dependerá a qualidade da nossa democracia, do contrário, as escolhas dos nossos representantes não atingirão seus reais objetivos.

          O lamentável episódio do dia 8 de janeiro ou mais precisamente, as invasões das sedes dos nossos três poderes, só veio demonstrar o quanto a nossa democracia continua bastante maltratada.    

Artigos Publicados

Delação premiada

Simples assim

Alexandre, o médio

Crime consumado

Golpe de Estado